Período Colonial
Acredita-se que a tipografia só foi introduzida nas colônias pelos colonizadores, onde havia uma cultura autóctone altamente desenvolvida, que o poder colonial desejava suplantar ou reprimir. Tal ideia é defendida por Nelson Werneck Sodré e outros. A tipografia, nos primeiros dois séculos da colonização portuguesa e espanhola, foi em parte um auxiliar da evangelização cristã, era implantada por iniciativa clerical, tanto que sua produção era destinada às necessidades do clero e das missões.
Os aborígines brasileiros, que ainda permaneciam na Idade da Pedra, não tinham uma civilização que precisasse ser superada pelos catequizadores, fato que contribuiu para que não houvesse a necessidade imediata da tipografia. Quanto às especulações de que os jesuítas tivessem trazido uma impressora com eles, na verdade nunca surgiu qualquer indício de material impresso com tal origem.
A “História da Companhia de Jesus no Brasil”, de Serafim Leite, informa que a biblioteca do Colégio Santo Inácio, no Morro do Castelo, Rio de Janeiro, possuía alguns trabalhos impressos na própria casa por volta de 1724, o que pode ter sido um engano, pois poderiam estar se referindo a dois livros da época, “Vocabulário de la lengua guarany”, de Antônio Luiz Restrepo (1722), e “Arte de la lengua guarany”, os quais foram impressos numa região que atualmente é brasileira, mas que na época pertencia ao Paraguai, Pueblo de Santa Maria la Mayor.
Na maioria das colônias, as necessidades governamentais tornavam imperativo aceitar a tipografia, e apenas na América portuguesa a administração permaneceu tão elementar que a dispensava. Tal necessidade só se tornaria iminente quando o governo da colônia sofresse as transformações mediante o impacto da invasão napoleônica, alguns anos mais tarde.
A primeira tentativa efetiva de introduzir a tipografia no Brasil foi feita pelos holandeses, durante o período em que ocuparam o nordeste brasileiro, entre 1630 e 1650.
Durante a ocupação holandesa, as negociações entre Pernambuco e Holanda selecionaram um tipógrafo, Pieter Janszonon, como encarregado da tipografia no Recife, mas consta que ele morreu logo que chegou ao Brasil, em 3 de agosto de 1643. Dois anos depois, a Companhia Holandesa das Índias Ocidentaisainda procurava um tipógrafo, sem conseguir. Na época, Maurício de Nassau já havia partido, e os holandeses pressionados já não se preocupavam mais com o assunto.
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