quarta-feira, 18 de julho de 2012

Como modificar seu cérebro por vontade própria.






Será que o vício em cigarro acontece exclusivamente por dependência química à nicotina? Ou é o cérebro quem se acostuma a responder com relaxamento e bem-estar ao ato de jogar fumaça para dentro dos pulmões?

Uma neurologista norte-americana, Charlotte Tomaino, se dedicou a investigar a segunda opção: como o cérebro pode ser “moldado”, ao longo dos anos, devido à repetição de hábitos de vida?

Como resultado de mais de 30 anos de extensas pesquisas neste campo, escreveu o livro “Awakening the brain” (expressão em inglês para “acordando o cérebro”, embora ainda não haja uma versão em português da obra), no qual explora a maneira como podemos manipular, até certo ponto, a forma como nosso cérebro funciona. É a neuroplasticidade.

Massa de modelar

A neurologista explica que o funcionamento interior de cérebro, com trilhões de conexões neurais, está em constante mudança. Obviamente, não controlamos a maior parte dessas alterações: o cérebro age “por si mesmo”.

Mas Charlotte explica que podemos impor nós mesmos um limite ao livre arbítrio do cérebro, e programá-lo para trabalhar de determinada forma em várias situações. O método para forjar o cérebro é simples: repetição das mesmas atitudes que resultem na mesma resposta corporal, ou seja, criar hábitos.

Colocando em termos práticos: por que é tão difícil seguir adiante com aquele entusiasmo inicial de fazer exercícios na academia diariamente? A neuroplasticidade explica.

Como o cérebro de um sedentário não está acostumado às alterações corporais decorrentes da atividade, ele precisa ser moldado. Durante este período, a pessoa determinada a não largar a academia precisa de força redobrada, até ser lapidada mentalmente.

Quando isso acontece, os papéis se invertem: fazer exercícios se torna um vício, tal como o cigarro, e o corpo fica incomodado justamente se não se movimentar. O cérebro, nesse ponto, já se acostumou a usufruir os benefícios da liberação de endorfina no corpo, e responde conforme esta necessidade. Desta forma, a neuroplasticidade é válida para vícios bons e ruins.

Oito ou oitenta

O cérebro é um órgão que se atualiza mais constantemente do que imaginamos. Sempre é tempo de adquirir um novo hábito (que pode exigir mais ou menos força de vontade) e incluir este procedimento na “lista de tarefas” do cérebro.

Da mesma forma que pode-se moldar, contudo, pode-se “desmoldar” conforme você o programa. Da mesma forma que se adquire um novo hábito, pode-se perder. Utilizando mais uma vez o exemplo do exercício físico: não adianta você ter sido um atleta regular até os 25 anos de idade. Se tiver caído no sedentarismo logo depois, vai sofrer como alguém que jamais se exercitou se quiser voltar à ativa depois dos cinquenta.

Nossa mente tende sempre a descartar gradativamente (até chegar ao zero) tudo aquilo que não está sendo usado, e fica apenas com o que é corrente, atual. Assim, o cérebro de um sedentário de 50 anos mal vai “lembrar” da época em que aquele corpo estava em forma. Mais um exemplo de como a neuroplasticidade atua para o bem e para o mal.


Fonte: http://hypescience.com


Peter Higgs não tem ideia para que serve seu bóson.






Diante de tanta comoção com a descoberta da Partícula de Deus, muita gente deve ter se perguntado para que, afinal, ela serve (além, é claro, de completar o Modelo Padrão da Física). Questionado sobre aplicações práticas, o próprio Peter Higgs, autor da teoria por trás da partícula, confessou que “não faz ideia”.

Em entrevista recente, divulgada pelo The Telegraph UK, ele explicou que a partícula só aparece por um tempo ínfimo (“um milionésimo de milionésimo (…) de milionésimo de segundo”) e que “já é difícil usar partículas com tempo de vida maior”.

Por outro lado, seu colega Alan Walker, da Escola de Física e Astronomia da Universidade de Edinburgh (Escócia), lembra que houve uma incerteza semelhante logo após a descoberta do elétron. Em outras palavras, ainda é cedo para pensar em aplicações práticas para o célebre Bóson de Higgs, cuja existência havia sido proposta há quase 50 anos.


Fonte: http://hypescience.com


Porque fazer orçamento antes de comprar não dá certo.



Essa parece vinda da série “anticonselhos”, mas, na verdade, pode lhe fazer um grande favor, e um que você vai amar: economizar dinheiro.

Você provavelmente nunca sonhou em ouvir que, quando você quer comprar algo, é melhor não fazer orçamento, ou seja, não comparar preços.

O quê?

Isso mesmo. Segundo um novo estudo de Jeffrey Larson, da Universidade Brigham Young (EUA) e Ryan Hamilton, da Universidade Emory (EUA), publicado no periódico Journal of Marketing Research, ao fazer compras – de uma caneta até um novo televisor -, os consumidores que definem um gasto máximo gastam mais do que os não fazem isso.

Ou seja, fazer um orçamento – impor um limite de gastos – nem sempre lhe faz economizar dinheiro, mas sim faz você pagar mais caro pelas coisas.

A ciência provou a ideia em um experimento: dois grupos de consumidores tinham que comprar canetas. A metade que tinha um orçamento no geral pagou mais caro nas canetas do que a metade que não estabeleceu um limite de gastos.

Em números, 60% dos que tinham um orçamento gastaram mais de 99 centavos de dólares (cerca de R$ 2) no produto, contra 38% dos que não tinham um orçamento.

Por quê? Segundo os cientistas, quando as pessoas definem um orçamento, elas tendem a se concentrar em uma faixa mais estreita de produtos. Sendo assim, pequenas diferenças parecem maiores, e isso pode resultar em aumento dos gastos.

Quando você não tem um orçamento definido, analisa mais as qualidades gerais dos produtos, e acaba julgando melhor o que está disposto a gastar por ele, e isso, sim, pode resultar em menos gastos.

A dica então é: escolher um produto e olhar para uma ampla gama de atributos, em vez de se concentrar em definir um preço máximo para ele. Por exemplo, ao procurar por uma televisão de 42 polegadas, se concentre em todas as TVs de 42 polegadas em vez de apenas aquelas que se enquadram na sua faixa de preço. A ciência garante: isso pode lhe economizar um dinheirinho.


Fonte: http://hypescience.com


Filmes tristes deixam você mais feliz.






Se você gosta de filmes como “Titanic”, saiba que um novo estudo afirma que esse tipo de drama na verdade deixa as pessoas mais felizes.

Os pesquisadores descobriram que assistir a uma “tragédia” faz você pensar sobre suas relações mais próximas, o que dispara a felicidade. Parece que ver uma história triste traz a atenção para os aspectos positivos da vida.

“Histórias trágicas geralmente focam em temas como o amor eterno, por isso os espectadores pensam em seus amados”, afirma a líder do estudo, Silvia Knobloch-Westerwick.

Mas cuidado: quando você ver a história de Jack e Rose, por exemplo, se você pensar coisas do tipo “ah, minha vida não é tão ruim quanto a deles”, nenhum aumento na felicidade é registrado.

O estudo envolveu 361 estudantes de faculdade que assistiram a uma versão menor do filme “Desejo e Reparação”, de 2007, que mostra dois amantes que são separados e morrem devido a uma guerra.

Antes e depois de ver o filme, os pesquisadores fizeram uma série de pergunta aos voluntários, para calcular o quão felizes estavam com suas vidas. Durante o filme eles também foram questionados três vezes sobre diversas emoções, incluindo a tristeza.

Após a exibição, os estudantes avaliaram o quanto gostaram do filme e como ele os levou a refletir sobre si mesmos, os objetivos, os relacionamentos e a vida em geral.

Aqueles que reportaram mais tristeza durante o filme também acabaram comentando mais sobre suas relações pessoais, o que aumentava a felicidade. “Isso pode ajudar a explicar porque os dramas são tão populares entre as audiências, mesmo que gerem tanta tristeza”, afirma Knobloch-Westerwick.

Os pesquisadores também testaram a teoria de que as pessoas sentem-se mais felizes após o filme porque se comparam com os personagens e percebem que suas vidas não são tão ruins. Mas esse não foi o caso.

As pessoas que pensaram esse tipo de coisa – ao invés de de pensar nos seus relacionamentos – não experimentaram um aumento na felicidade.

Knobloch-Westerwick comenta que a pesquisa se encaixa no ramo da psicologia que sugere que os “estados de espírito” mais negativos fazem as pessoas pensarem mais. “Emoções negativas, como a tristeza, fazem você pensar mais criticamente sobre sua situação. Por isso ver um filme triste faz você apreciar mais suas relações”.

Ela finaliza dizendo que pesquisas mostram que os relacionamentos são a maior fonte de alegria em nossas vidas, por isso não é surpreendente que pensar nos que amamos nos faça mais feliz.


Fonte: http://hypescience.com


A cor azul deixa você mais feliz.



Pesquisadores expuseram um grupo de voluntários a uma variedade de cores e luzes. Eles descobriram que o azul e o verde fizeram que os homens se sentissem mais felizes; enquanto o azul, lilás e laranja fizeram o mesmo com as mulheres.

Azul e vermelho aumentaram os níveis de confiança entre os homens, o azul e o lilás foram as melhores cores neste ponto para as mulheres, descobriu o estudo.

O estudo — que foi realizado pelo grupo de pesquisadores científicos The Mind Lab para engenheiros químicos da Universidade de Boots, no Reino Unido — descobriu que a exposição a cores claras trouxe benefícios em geral.

Voluntários expostos à cores completaram testes mentais com até 25% maior velocidade. O tempo de reação foi até 12% maior, a coordenação de olhos e mão, juntamente com a habilidade de lembrar uma lista de palavras, também melhorou.

A força na mão dos voluntários também foi maior entre aqueles que viam cores claras.

O Dr. David Lewis, um fundador do The Mind Lab, disse que “Dias de inverno sombrios podem ter efeitos seriamente negativos na psique. Quanto mais cinza é o clima, maior é o risco de ficarmos para baixo. Este estudo mostrou que simplesmente introduzindo mais cores nas nossas vidas, neste período do ano [inverno no hemisfério norte], ajudaremos a expulsar a tristeza do inverno.”


Fonte: http://hypescience.com


Feliz morte! Você é mais propenso a morrer no seu aniversário.






No dia do seu aniversário, você é mais propenso a receber cartões, felicitações, ligações, abraços e… a morrer.

O aumento do risco não é tão enorme, mas é suficiente para preocupar: temos 14% mais chances de morrer no dia da nossa comemoração de idade. Talvez porque nos lembramos de quantos anos estamos fazendo. Para pessoas com mais de 60 anos, o risco é ainda maior: 18%.

O estudo, liderado pelo Dr. Vladeta Ajdacic-Gross, epidemiologista do Instituto de Medicina Social e Preventiva da Universidade de Zurique (Suíça), e publicado no periódico Annals of Epidemiology, analisou dados de 2,4 milhões de suíços entre 1969 e 2008.

“Ficamos surpresos que os nossos resultados se aplicaram a causas específicas de morte”, disse Ajdacic-Gross. As causas específicas de morte associadas com o dia do aniversário foram:

  • Causas violentas, como suicídios e quedas;
  • Derrames;
  • Mortes cardiovasculares;
  • Câncer.

Os homens eram mais propensos a ter uma morte violenta em seu aniversário – as chances de suicídios aumentaram para quase 35%, as chances de ser vítima de acidente aumentaram quase 29% e as chances de quedas mortais aumentaram 44% nos aniversários. Curiosamente, o número de quedas começou a aumentar cerca de quatro dias antes da data.

Já as mulheres eram mais propensas a morrer de causas naturais – elas têm um risco quase 22% maior de mortes relacionadas a derrame e 19% maior de mortes relacionadas a eventos cardíacos em seu aniversário.

Para homens e mulheres, o risco de morrer de câncer aumenta em 10,8% nos aniversários – e as mortes por câncer também parecem ser mais comuns nos dias imediatos ao aniversário, algo inédito até então, pois a tendência não foi vista com nenhuma outra causa de morte.

Feliz aniversário! Só que não

O que você deve estar se perguntando – assim como eu fiz quando me deparei com isso pela primeira vez – é porque as pessoas têm mais chances de morrer no seu próprio aniversário.

Advinha? Os cientistas não sabem. “Nós só podemos especular sobre as razões para as mortes adicionais em aniversários”, destaca Ajdacic-Gross.

Sendo assim, os pesquisadores suspeitam que “estresse do aniversário” em pessoas mais velhas pode desempenhar um papel no salto em mortes por derrame e doenças cardíacas, por exemplo. Outros estudos sugerem que o álcool pode ser uma razão por trás do aumento nos suicídios e talvez quedas durante comemorações.

O psicólogo Richard Wiseman, da Universidade de Hertfordshire (Reino Unido), sugere ainda mais duas possibilidades para a relação. Uma delas é que as pessoas já não comem muito bem (de forma saudável), e acabam comendo mais ainda no aniversário; essas “mordidas extras” se tornam fatais. Outra sugestão é um efeito placebo. Pessoas que já estão nos seus limites “aguentam” até o aniversário para passar por esse dia mais uma vez, e depois morrem.

Seja como for, essa é uma boa razão para não se sentir tão feliz no dia do seu aniversário: porque você pode morrer, e nem sabemos por quê.


Fonte: http://hypescience.com


Desemprego é uma das experiências mais devastadoras para a mente.



Estar sem um emprego é uma das piores coisas que pode acontecer a qualquer um. Ser desempregado significa depender dos outros, e leva ao medo de ficar sem um teto, sem comida, sem vida social, sem “nada”.

E tal medo de ficar sem nada não poderia ser outra coisa a não ser uma experiência devastadora para as pessoas.

Apesar do Brasil estar vivendo um momento bom economicamente – segundo o IBGE, o desemprego brasileiro caiu para 5,8% em maio desse ano, o menor índice desde 2002, quando iniciou-se essa série histórica – e o brasileiro médio viver feliz, sem medo do desemprego (o Índice de Medo de Desemprego, medido trimestralmente, teve uma redução de 3,9% em março em comparação à dezembro do ano passado; o receio de ficar desempregado vêm diminuindo no país), não podemos nos esquecer de milhares de pessoas que estão atualmente à procura de um trabalho.

Uma pesquisa de 2005 concluiu que os trabalhadores desempregados engajados ativamente na procura de um trabalho são mais propensos a ter pior saúde mental.

Segundo os psicólogos, por conta de tal experiência, essas pessoas podem sofrer consequências mentais por um longo tempo.
Entre os males do desemprego na saúde física e mental, os especialistas apontam: depressão, maus hábitos alimentares (comer demais por ansiedade, comer mal), estresse, ansiedade, irritabilidade, pensamentos negativos, insônia (más noites de sono), fatiga, letargia, dores no corpo, hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares.

Ninguém ainda provou uma relação causal entre desemprego e danos ao coração, mas uma pesquisa da Universidade Harvard (EUA), por exemplo, mostrou que perder o emprego pode aumentar de 50 a 80% as chances de desenvolver alguma doença como hipertensão, problemas cardiovasculares, derrame e diabetes.

Outras pesquisas indicam que os desempregados têm duas vezes mais chances de ter um grande episódio depressivo, além de risco maior de cometer suicídio. O desemprego também é bastante relacionado à violência doméstica e ao abuso do álcool.

Mais estudos sugerem que homens com filhos tendem a ver o desemprego como uma derrota mais do que as mulheres com filhos, talvez porque elas são mais propensas a ver a falta de um trabalho como uma oportunidade de passar mais tempo com a família.

Além de tudo isso, os relacionamentos pessoais podem sofrer pressão resultante do desemprego, como preocupações
financeiras em uma família. Entretanto, as taxas de divórcio são mais baixas entre os desempregados. Pesquisadores especulam que seja mais difícil para as pessoas fazer grandes decisões, como se mudar ou vender uma casa, enquanto procuram por emprego.

Ainda no plano emocional, o desempregado pode isolar-se socialmente por conta do constrangimento de sua situação. Sendo assim, pode não sair de casa ou não fazer mais as coisas que gostava, além de se sentir inútil, confuso ou sobrecarregado.

“Ser desempregado é realmente uma das experiências mais difíceis, mais devastadoras que as pessoas passam”, disse Robert L. Leahy, diretor do Instituto Americano de Terapia Cognitiva e autor do livro “The Worry Cure” (“A Cura da Preocupação”, em tradução literal).

Como mudar esse quadro

Pelo que vimos até agora, estar desempregado vem com uma avalanche de outros problemas que, certamente, tem consequências na saúde. Então o que podemos fazer por quem passa por tal situação?

Os psicólogos sugerem que amigos e familiares de pessoas desempregadas procurem “sinais de alerta” para má saúde mental, especialmente depressão, como tristeza, falta de energia, insônia e irritabilidade. Alguns casos podem precisar de ajuda médica. Mas o apoio dos mais próximos é um dos fatores mais essenciais para superar essa fase.

Aos desempregados, a dica principal é: se permitir sentir tristeza. Como todo ser humano, você tem direito de se sentir infeliz. Mas não se afunde nessa infelicidade; ao invés de se desesperar e pensar que está tudo desmoronando, você pode ser mais pró-ativo e aproveitar ao máximo seu tempo livre.

Por exemplo, você pode se dedicar a conquistar novas habilidades e a criar uma rede de contatos. Aprender inglês, frequentar novos círculos sociais, fazer trabalho voluntário vão lhe tornar um profissional melhor e abrir caminhos para conhecer mais gente que possa lhe ajudar a conseguir um novo emprego.

Outra dica é se exercitar, já que o exercício físico libera hormônios e sensações em nosso corpo que melhoram nossa saúde física e mental. Dividir seu tempo também é útil: programar quando vai procurar um novo emprego, quando vai descansar, etc. Organização mantém a mente sã.

E, claro, você continua sendo uma pessoa como outra qualquer, com as mesmas necessidades básicas: permita-se se distrair um pouco, ter algum lazer. Ter boa autoestima também é fundamental para conseguir um emprego.

Por último, uma dica valiosa: ser flexível. Às vezes você não consegue um emprego na sua área, mas outras oportunidades, em coisas que você poderia ser muito bom, estão disponíveis. Considere voltar a estudar, aprender mais sobre carreiras que estão com bom mercado profissional, e explorar todos os seus dons em todas as atividades que você possa gostar ou seja capaz de dominar.


Cientistas criam vacina para emagrecer.



Manter o peso em limites saudáveis é um desafio neste mundo de abundância e sedentarismo, e mesmo quem faz dieta e pratica exercícios pode ter um metabolismo tão eficiente que ainda assim não perde peso.

Agora, uma vacina que foi testada com sucesso em ratos pode fazer a diferença. A vacina de somatostatina modificada faz com que o organismo crie anticorpos contra a somatostatina, um hormônio peptídico que inibe a ação do hormônio do crescimento (GH) e de um hormônio de fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1).

E como isto pode ajudar a perder peso? Estes dois hormônios causam o aumento do metabolismo e consequente perda de peso. A somatostatina, ao inibir a ação dos mesmos, promove o aumento do peso. Ao causar uma reação alérgica contra a somatostatina, aqueles dois hormônios podem agir, aumentando o metabolismo, o que vai causar a perda de peso. Em ratos, pelo menos, funciona.

O teste foi feito com dois grupos. Os dois receberam alimentação rica em gordura durante oito semanas antes do teste, ou seja, estavam obesos quando começou o teste. Um grupo de dez indivíduos recebeu a vacina no primeiro dia e no dia 22, e o outro grupo de dez indivíduos recebeu apenas uma solução salina. Quatro dias depois da vacinação, os ratos já apresentavam uma queda de 10% do peso em relação ao grupo de controle. No fim do estudo de seis semanas, a queda de 10% de peso se manteve, sem alterar os níveis normais dos hormônios.

O teste foi feito por Keith Haffer, da Braasch Biotech LLC, uma empresa da cidade de Garreston, Dacota do Sul, EUA, e testou as vacinas JH17 e JH18, sendo ambas consideradas eficazes. A vacina agora precisa passar por um teste que analise seus efeitos a longo prazo e a segurança de aplicar estas vacinas em seres humanos.


Fonte: http://hypescience.com


Religião atrofia o cérebro?




Vários estudos ligando o cérebro e suas funções à religião, práticas religiosas como oração e meditação já foram feitos, mas são poucos os estudos que avaliam a longo prazo os efeitos de práticas religiosas sobre as estruturas do cérebro.

O artigo “Religious factors and hippocampal atrophy in late life”, de Amy Owen e colegas da Universidade Duke (EUA), representa um acréscimo na compreensão do relacionamento entre cérebro e religião. Neste estudo, o cérebro de 268 homens e mulheres com 58 anos foi medido usando imagem de ressonância magnética, e os participantes responderam a um questionário sobre sua religiosidade e prática religiosa.

O resultado surpreendeu os pesquisadores. Os participantes que relatavam ter tido uma experiência que mudou a vida deles apresentaram uma atrofia no hipocampo, uma região cerebral responsável pelo aprendizado espacial, contextual e episódico, e também pela formação da memória. Além disso, também foi encontrada uma hipertrofia maior entre os “renascidos” católicos, evangélicos, e sem afiliação religiosa, em comparação com protestantes que não relataram a experiência de “renascimento”.

Os autores do estudo acreditam que a causa da atrofia seja o estresse a que passam pessoas de minorias religiosas e as que estão tendo problemas com suas crenças. A angústia causada por participar de uma minoria ou de mudar sua vivência religiosa daquela em que cresceu seria causa de estresse, que por sua vez teria um impacto negativo no hipocampo.

Entretanto, os pesquisadores alertam que o estudo é bastante limitado, o tamanho da amostra é pequeno, e não elimina outras hipóteses, como a de que o estresse que tenha levado à experiência religiosa de renascimento, ou que pessoas com hipocampo menor sejam atraídas por certos tipos de vivências religiosas, hipóteses que invertem a causa e efeito neste caso.

De qualquer forma, é um estudo interessante, e mostra que ainda há muito a aprender na relação entre cérebro e religiosidade. Mais estudos vão trazer conhecimentos nas relações entre religião, espiritualidade, e o cérebro, as perguntas suscitadas neste campo são muito interessantes.


Fonte: http://hypescience.com


domingo, 8 de julho de 2012

Seu pai reclama que você nunca leva nada a cabo? A culpa é dele.



Segundo uma nova pesquisa da Universidade Brigham Young (EUA), a autoridade de um pai pode ser a chave para que seu filho seja persistente.

Mas, cuidado: autoridade não tem nada a ver com autoritarismo.

Os pesquisadores Laura Padilla-Walker e Randal Day seguiram 325 famílias (casais heterossexuais que vivam juntos com filhos) durante vários anos.

Eles descobriram que a persistência adquirida através dos pais levou alguns filhos adolescentes a um maior engajamento na escola e a menores taxas de delinquência.

As crianças mais persistentes – que terminavam o que começavam, que conseguiam desenhar um objetivo e se manter nele – eram filhas de pais que sabiam praticar o que os cientistas chamam de “autoridade parental”, o que não deve ser confundido com autoritarismo.

A autoridade parental exige que os pais saibam dar carinho e amor aos filhos, ou seja, que as crianças se sintam acolhidas; também exige que os pais expliquem o porquê dos limites e deem satisfações sobre as regras (e não apenas dizer não), além de dar um nível adequado de autonomia à criança.

Cerca de 52% dos pais do estudo se encaixavam nessas características, e seus filhos acabaram se saindo melhor na escola, além de terem menos níveis de delinquência.

Esses resultados são parecidos com o de outro estudo, da Universidade de New Hampshire (EUA), feito um tempo atrás: pais autoritários que educam os filhos com a máxima “é do meu jeito ou a porta da rua é serventia da casa” são mais propensos a terem filhos delinquentes, que os desrespeitam e que não os veem como uma autoridade legítima.

Os pais não autoritários, mas com autoridade, também chamados de pais confiáveis, por outro lado, praticam o hábito de escutar os filhos, mas também estabelecem regras e impõe limites, e por isso tendem a criar filhos mais controlados e independentes, além de ganharem seu respeito e confiança.

“Os pais devem continuar a tentar se envolver na vida de seus filhos e se engajar em interações de alta qualidade, mesmo que a quantidade dessas interações seja menor do que a desejável”, disse Padilla-Walker. “Esta pesquisa ajuda a estabelecer que características como a persistência – que podem ser ensinadas – são a chave para o sucesso de uma criança na vida”.

Segundo os cientistas, há relativamente poucos estudos que destacam o papel único dos pais. Mas eles podem ser mais importantes até que as mães na personalidade dos filhos. Uma pesquisa, por exemplo, mostrou que ser amado ou rejeitado pelos pais na infância afeta a personalidade e o desenvolvimento da personalidade até a fase adulta.

Isso significa que as nossas relações na infância, especialmente com os pais e outros responsáveis, moldam as características da nossa personalidade. E a rejeição pode ser mais sentida se vier do pai, figura envolta em prestígio e poder na sociedade.


Fonte: http://hypescience.com


Comer 40% menos pode prolongar sua vida em 20 anos.


Essa é para aqueles que querem chegar aos 100 anos: segundo pesquisa recente, comer menos pode acrescentar cerca de 20 anos a sua expectativa de vida. O termo “pode” é crucial, porque as conclusões ainda não são definitivas.

Ao diminuir a quantidade de comida de seus ratos de laboratório, uma equipe de pesquisadores do Instituto de Saúde e Envelhecimento da Universidade de Londres (Inglaterra) conseguiu prolongar a vida dos animais entre 20 e 30%. “Isso significaria cerca de 20 anos em um ser humano”, disse o líder da equipe, Matt Piper.

Velhice, uma doença?

Os pesquisadores envolvidos consideram o envelhecimento em si como uma “doença” que pode (até certo ponto) ser evitada por meio de mudanças de hábitos, uso de remédios e manipulação genética. Artrite, câncer, ,al de Alzheimer e outras complicações seriam sintomas do envelhecimento, sugeriu Piper. Tratar a doença principal, portanto, evitaria muitas outras.

Além de ratos, eles também conseguiram prolongar a vida de moscas-da-fruta, por meio de medicamentos e dietas específicas. Vale lembrar que esses insetos têm uma constituição genética 60% similar à nossa, o que torna os resultados ainda mais promissores.

Como se trata de uma área de pesquisa relativamente recente (cerca de uma década), ainda há poucos resultados concretos e muito a ser feito para driblar o envelhecimento.


Fonte: http://hypescience.com


Insônia: causas e tratamento.


Provavelmente, você já sofreu desse mal algum dia em sua vida: não conseguir dormir.

Agitação, ansiedade, enfim, muitas coisas podem fazer você perder seu sono. Isso nem sempre significa que você tem um problema de insônia.

No geral, insônia pode ser descrita pela incapacidade de conciliar o sono e pode surgir em qualquer período do mesmo (você pode não conseguir dormir; acordar e não conseguir voltar a dormir, acordar muito cedo, etc).

A condição pode ser classificada como:

  • Transiente (curto-prazo): dura desde uma noite até algumas semanas;
  • Intermitente (vem e vai): ocorre de tempos em tempos;
  • Crônica (constante): ocorre na maioria das noites e dura mais de um mês.

A insônia não é definida pela quantidade de horas que uma pessoa dorme, ou por quanto tempo demora para ela cair no sono.

Isso porque cada pessoa tem uma necessidade de sono. Em média, precisamos dormir de 7 a 8 horas por noite. Mas dormir esse período inteiro nem sempre quer dizer que dormimos bem – a insônia também é caracterizada por sono não restaurador.

Por conta de não dormir ou dormir mal, as pessoas podem sofrer consequências como cansaço, falta de energia, dificuldade de concentração, irritabilidade, etc., que podem gerar outras condições.

Se esses problemas são comuns na sua vida, saiba que tem solução. Mas você vai precisar de um médico.

Causas

A insônia pode ter causas físicas ou psicológicas. Existem alguns fatores que tornam uma pessoa mais propensa à insônia: ser do sexo feminino; ser idoso (mais de 60 anos); ter histórico de depressão.

Além disso, para a insônia transiente ou intermitente, as causas mais comuns são estresse, ambiente barulhento, mudanças no ambiente, problemas no horário de dormir/acordar (como aqueles decorrentes de “jet lag”) e efeitos colaterais de medicamentos.

Pesquisas apontam que a produção inadequada de serotonina pelo organismo e o estresse provocado pelo desgaste cotidiano ou por situações-limite estão entre as causas mais importantes da insônia.

Outros fatores que podem colaborar para a insônia são problemas físicos ou de saúde (tosse, dores, febre, problemas hormonais, distúrbios respiratórios, síndrome das pernas sem repouso) e uso de determinados medicamentos (antidepressivos, medicamentos à base de cafeína, medicamentos contra o aumento de peso), além de tomar muita bebida à base de excitantes (cafeína, guaraná), consumo de tabaco (nicotina) e consumo muito frequente de álcool.

Esporte ou exercício físico intenso pode requerer de 2 a 3 horas para recuperar a tranquilidade e poder dormir bem. Aparelhos eletrônicos, como TV e computador, também podem ser grandes causadores de insônia, segundo estudos recentes.

Atividade intelectual importante, como revisão de provas, trabalhos, também exigem cerca de 2 horas para que o corpo e a mente relaxem (em algumas pessoas, pode dar mais sono). Dormir demais durante o dia, logicamente, também atrapalha o sono à noite.

Como você pode perceber, alguns desses itens podem ser resolvidos facilmente com uma mudança de estilo de vida.

Evitando a insônia

Sendo assim, existem algumas recomendações que as pessoas podem seguir para evitar a insônia:

  • Limitar o consumo de cafeína e outras bebidas estimulantes. Lembrar que essa substância também está presente em alimentos como o chocolate.
  • Perguntar ao seu médico se algum remédio que você toma é estimulante. Às vezes, ele tem o mesmo efeito que a cafeína.
  • Não se exercite perto da hora de dormir. Mas lembre-se que a atividade física é superimportante para afastar a ansiedade e dormir melhor, quando praticada de dia.
  • Mantenha uma boa rotina de sono. Tenha um horário de dormir e de acordar.
  • Não fique no computador ou na TV até o último minuto antes de deitar. Tente relaxar antes de dormir. Ouça música, leia um pouco, tome um banho morno, beba um copo de leite morno ou chás à base de ervas como camomila, erva-doce, erva-cidreira.
  • Não durma com claridade. Use protetores nos ouvidos se o ambiente estiver barulhento.
  • Se puder, faça sexo. Relações sexuais relaxam e podem dar sono.
  • Se não conseguir dormir, levante-se. Ficar na cama acordado pode aumentar a ansiedade, a irritação e, consequentemente, a insônia. Procure distrair-se com alguma atividade tranquila e depois, mais cansado, volte para a cama e tente dormir.

Tratamentos

A insônia crônica é a mais complexa de todas e geralmente resulta de uma combinação de fatores. Uma de suas causas mais comuns é a depressão.

Artrite, doença nos rins, problema no coração, asma, apneia, narcolepsia, síndrome das pernas inquietas, mal de Parkinson e hipertiroidismo também colaboram. Tudo isso, aliado a estilo de vida e problemas psicológicos como o estresse, podem piorar a situação.

A insônia às vezes pode ser evitada seguindo as recomendações acima. Mas somente um médico pode lhe diagnosticar corretamente com a condição, além de indicar o melhor tratamento.

O histórico de sono de cada pessoa pode ser obtido com um diário preenchido pelo paciente ou por entrevista com o parceiro de cama. Investigações de sono especializadas podem ser necessárias. Testes para outros problemas de saúde que possam interferir na condição também (como as doenças mencionadas acima).

Sendo assim, diagnosticar a insônia muitas vezes significa diagnosticar e tratar problemas médicos ou psicológicos adjacentes, além de reduzir comportamentos que possam piorar a condição.

No caso, também existem remédios para dormir, que geram controvérsia na medicina. Espere um médico lhe receitar, ao invés de tomar por conta própria. Os anti-histamínicos H1 (antagonista dos receptores H1), por exemplo, como difenidramina e doxilamina, podem ajudar a dormir, mas também podem provocar efeitos secundários como distúrbios de micção e sonolência durante o dia.

Outros soníferos conhecidos (que exigem receita médica) são benzodiazepinas, zolpidem e zoplicone e melatonina. Alguns são usados para tratar ansiedade.

Além de efeitos colaterais perigosos, tratamentos com soníferos devem ser curtos e com comprimidos de baixa intensidade, porque causam dependência. Também nunca podem ser interrompidos de forma brusca.

O acompanhamento de um médico é essencial.

Além disso, existem técnicas comportamentais para melhorar o sono, como terapia de relaxamento, terapia de restrição de sono e recondicionamento.

Existem técnicas específicas que ajudam a relaxar, reduzir ou eliminar a tensão corporal e a ansiedade, ajudando as pessoas a terem um sono de qualidade.

Programas de restrição de sono são interessantes para quem não consegue dormir uma noite inteira. Você começa restringindo o tempo de sono e vai o aumentando gradualmente, até alcançar uma noite normal de sono.

Já o recondicionamento ajuda as pessoas a associar a cama e o horário de dormir com o sono. Isso muitas vezes significa não levar mais nada para a cama: TV, computador, e nenhuma outra atividade, a não ser o sexo. Só vá para a cama quando estiver com sono. Se não for capaz de dormir, levante-se.


Fonte: http://hypescience.com