domingo, 24 de março de 2013

PARAENSES que fizeram história. - Inglês de Sousa.





Herculano Marcos Inglês de Sousa (Óbidos28 de dezembro de 1853 — Rio de Janeiro6 de setembro de 1918) foi um professoradvogado,políticojornalista e escritor brasileiro, tido como introdutor do naturalismo na literatura brasileira através do seu romance O Coronel Sangrado publicado em Santos em 1877 e um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Inglês, que escreveu inicialmente com o pseudônimo Luiz Dolzani, ganhou reconhecimento literário após a publicação da obra O Missionário, no ano de 1891. Em suas obras, é perceptível a influência de escritores europeus, tais como Eça de Queirós e Emile Zola.
Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, sendo responsável pela fundação da cadeira 28.
Inglês também teve notável carreira política, começou como militante do Partido Liberal em 1878. Tendo sido eleito deputado provincial (equivalente aos atuais deputados estaduais) pela província de São Paulo, Foi Nomeado Presidente das províncias de Sergipe e do Espírito Santo.Também foi convidados várias vezes para integrar o Supremo tribunal, porém nunca aceitou.

Biografia
Nascido no município paraense de Óbidos, Herculano Marcos Inglês de Sousa era filho do desembargador Marcos Antônio Rodrigues de Sousa e de Henriqueta Amália de Góis Brito, membros de tradicionais famílias paraenses. Herculando, que estudara inicialmente nos estados do Pará e Maranhãograduou-se em direito, em São Paulo, pela Faculdade do Largo de São Francisco , no ano de 1876.
Inglês, que fundara diversos jornais e meios de comunicação, tornara-se secretário de relações do trabalho no estado de São Paulo e posteriormente presidente de Sergipe e em seguida do Espírito Santo.

Carreira literária
Publicou dois romances em 1876, O Cacaulista e História de um Pescador, aos quais seguiram-se mais dois, todos publicados sob o pseudônimo Luís Dolzani. Com Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e Silva publicou a partir de 1877 a Revista Nacional, versando sobre ciências, artes e letras.
Foi o introdutor do naturalismo no Brasil, porém seus primeiros romances não tiveram repercussão. A principal características de sua obra é o enfoque no homem amazônico, acima da paisagem e do exotismo da região.
Compareceu às sessões preparatórias da criação da Academia Brasileira de Letras (ABL), responsável pela fundação da cadeira 28, que tem como patrono Manuel Antônio de Almeida.
Do grupo fundador da ABL participou outro ilustre obidense, José Veríssimo, que, juntamente com Araripe JúniorArtur de AzevedoGraça AranhaGuimarães PassosJoaquim NabucoLúcio de MendonçaMachado de AssisMedeiros e AlbuquerqueOlavo BilacPedro RabeloRodrigo OtávioSilva RamosVisconde de Taunay e Teixeira de Melo, realizaram a sétima e última sessão preparatória em 28 de janeiro de 1897.
Nesta sessão foram incorporados como membros aqueles que haviam comparecido às sessões preparatórias anteriores: Coelho NetoFilinto de AlmeidaJosé do PatrocínioLuís Murat e Valentim Magalhães. Foram convidados para participar como fundadores, e aceitaram, Afonso Celso JúniorAlberto de OliveiraAlcindo GuanabaraCarlos de LaetGarcia RedondoPereira da SilvaRui BarbosaSílvio Romero e Urbano Duarte.
Tornou-se conhecido com O Missionário (1891), que, como toda sua obra, revela influência de Zola. Neste romance descreve com fidelidade a vida numa pequena cidade do Pará, revelando agudo espírito de observação, amor à natureza, fidelidade a cenas regionais.

Carreira política e jurídica
Inglês de Sousa fez os primeiros estudos no Pará, no Maranhão e no Rio de Janeiro.
Em 1870 foi para a cidade de Recife para preparar o concurso para a entrada na Faculdade de Direito do Recife, que cursou de 1872 a 1875.
Em 1875, com a nomeação de seu pai como juiz de direito em Santos, foi buscar as irmãs que estavam no Pará e partiu em 1876 para São Paulo para completar o curso de direito, inscrevendo-se no quinto (e último ano) da Faculdade de Direito de São Paulo, onde se formou em 4 de novembro de 1876.
Em 1878, quando ainda morava na cidade de Santos, onde era jornalista no Diário de Santos, de propriedade de João José Teixeira, militava ativamente no então Partido Liberal, em oposição ao Partido Conservador. Em 5 de janeiro de 1878 subiu ao poder o Partido Liberal, sob a presidência do Conselheiro João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu e com ele Carlos Leôncio da Silva Carvalho para a pasta do Império, que nomeou Inglês de Sousa para o cargo de Secretário da Relação de São Paulo, em 18 de maio de 1878.
Foi eleito deputado provincial (equivalente aos atuais deputados estaduais) para a Assembleia Provincial de São Paulo (hoje Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) nas 23ª e 24ª legislaturas (1880 a 1883).
Foi nomeado presidente da província de Sergipe (hoje Estado) por carta imperial de 2 de maio de 1881 e tomou posse em 17 de maio de 1881. Sua missão consistia em controlar uma rebelião da guarnição militar local e supervisionar a aplicação da recém promulgada Lei Saraiva em Sergipe. Após controlar a situação e supervisionar as eleições de 1881, pediu exoneração do cargo que lhe foi concedida por decreto de 28 de janeiro de 1882, governando até 22 de fevereiro de 1882.
Após sua exoneração de Sergipe foi nomeado presidente da província do Espírito Santo por carta imperial de 11 de fevereiro de 1882 e tomou posse em 3 de abril de 1882.
Pediu exoneração do posto e deixou o cargo em 9 de dezembro de 1882 para tomar posse como deputado provincial da 24ª legislatura (1882 a 1883) da Assembleia Provincial de São Paulo.
A partir de 1892 fixou-se no Rio de Janeiro , como advogado, banqueiro, jornalista e professor de Direito Comercial e Marítimo na Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da UFRJ.
A publicação de Os Títulos ao Portador assegura-lhe projeção nacional e o torna jurisconsulto de fama e prestígio, sendo indicado para diretor da Faculdades de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro e Presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) de 1907 a 1910, qualidade na qual presidiu o Primeiro Congresso Jurídico Nacional.
Convidado, mais de uma vez, para o Supremo Tribunal, não aceitou a indicação, "por motivos de ordem pessoal". Foi convidado pelo ministro Rivadávia Correia para organizar o novo Código Comercial, apresenta-o, dentro de 11 meses, com notáveis emendas aditivas, que o transformam em Código uno de direito privado, de que era convicto partidário. Realizou a primeira codificação integral de todo o direito privado. O Projeto, em três volumes que até hoje se encontra no Senado da República pendente de estudos e discussão. Como outros excelentes e bem elaborados projetos que seriam utilíssimos se promulgados, o Código de Inglês de Souza dorme o sono eterno do esquecimento.


Falecimento
Inglês de Sousa faleceu na capital da República e foi sepultado no Cemitério São João Batista no dia 7 de setembro de 1918 com "um dos maiores acompanhamentos de que há memoria", segundo registrou o jornal "O País" no dia seguinte.


Obras literárias
  • O Cacaulista, publicado sob o pseudônimo de Luís Dolzani pela Tipografia do Diário de Santos, Santos - romance (1876)
  • História de um pescador, publicado pela Tipografia do Diário de Santos, Santos - romance (1876)
  • O Coronel Sangrado, publicado na Revista Nacional de Ciências, Artes e Letras, São Paulo - romance (1877) e em volume na Tipografia do Diário da Manha, São Paulo, 1882 (sob pseudônimo de Luís Dolzani)
  • O Missionário, publicado sob o pseudônimo de Luís Dolzani pela Tipografia do Diário de Santos, Santos- romance (1888)
  • O Missionário, segunda edição revista pelo autor e com um prólogo de Araripe Júnior, publicado em dois volumes pela Editora Laemmert, Rio de Janeiro
  • Contos Amazônicos, publicado pela Editora Laemmert, Rio de Janeiro, (1892)
  • O Missionário, terceira edição, sob a direção de Aurélio Buarque de Holanda (que fez o prefacio, a revisão e o apêndice), publicado pela Editora José Olímpio, Rio de Janeiro, 1946.


Obras jurídicas e artigos
  • Artigos e ensaios de critica literária e filosófica - publicados no jornal Lábaro, Recife (1873)
  • Reforma e Regulamento da Instrução PublicaAracajuSergipe, (1881)
  • Relatório com que o Exm. Sr. Dr. Herculano Marcos Inglez de Souza entregou no dia 9 de dezembro de 1882 ao Exm. Sr. Dr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada Junior a administração da Província do Espírito Santo.
  • Títulos ao portador no direito brasileiro, Editora Francisco Alves, Rio de Janeiro, (1898)
  • Projeto de Código Comercial, Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, (1912)


Academia Brasileira de Letras
Fundador da cadeira 28 da Academia.



Cronologia
  • 28 de dezembro de 1853 - Nasce em Óbidos (Pará)
  • 1875 - Escreve O Cacaulista, publicado em Santos em 1876
  • 1876 - Forma-se pela Faculdade de Direito de São Paulo
  • 1877 - Publica em Santos O Coronel Sangrado
  • 1878 - Em maio é nomeado Secretário da Relação de São Paulo no Governo do Conselheiro João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu; em dezembro casa-se em Santos com Carlota Emília Peixoto, sobrinha-bisneta de José Bonifácio de Andrada e Silva; funda o jornal Diário de Santos; funda o jornal Tribuna Liberal; funda com o Dr. Antônio Carlos a Revista Nacional de Ciências, Artes e Letras; elabora o projeto de criação da Escola Normal de São Paulo
  • 1880-1881 - Deputado da Assembleia Legislativa Provincial de São Paulo (Império: 23ª Legislatura)
  • 1881 - Funda a revista A Ilustração Paulista
  • 1881-1882 - Nomeado Presidente da Província de Sergipe (Lei Saraiva)
  • 1882 (Março a dezembro) - Nomeado Presidente da Província do Espírito Santo
  • 1882-1883 - Deputado da Assembleia Legislativa Provincial de São Paulo (Império: 24ª Legislatura)
Perde a nomeação à Assembleia Geral e abandona a política
  • 1883 - Advoga em Santos
  • 1888 - Escreve O Missionário
  • 1890 - Muda-se para São Paulo e durante a política do encilhamento funda o Banco de Melhoramentos de São Paulo
  • 1891 - Publica O Missionário, escrito em 1888.
  • 1892 - Muda-se para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil
  • 1894 - E convidado e aceita lecionar na Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro
  • 1896 - Participa da criação da Academia Brasileira de Letras e redige o projeto de estatutos.
  • 1897 - Na sessão de 28 de janeiro foi nomeado tesoureiro da Academia.
  • 1898 - Publica Títulos ao Portador no Direito Brasileiro
  • 1899 - Revisa e publica a segunda edição de O Missionário
  • 1902 - Nomeado diretor da Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro
  • 1908 - Presidente do Instituto da Ordem dos Advogados; preside o 2° Congresso Jurídico Brasileiro
  • 1916 - Representa o Brasil no Congresso financeiro Pan-Americano em Buenos Aires, Argentina, no qual é escolhido Presidente da Comissão para a unificação da legislação sobre letras de câmbio
  • 6 de setembro de 1918 - Morre no Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

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quinta-feira, 21 de março de 2013

PARAENSES que fizeram história. - Sérgio Cardoso.




Sérgio Fonseca de Mattos Cardoso mais conhecido como Sérgio Cardoso (Belém15 de março de 1925 — Rio de Janeiro, RJ18 de agosto de 1972), foi um ator brasileiro.

Biografia

Formou-se em Direito no Rio de Janeiro e sonhava com o Itamarati, queria ser diplomata. Despertou para o teatro ao conhecer o Teatro Universitário do Rio de Janeiro, e sua estreia foi no papel-título de Hamlet, de Shakespeare. O sucesso foi tão grande que contribuiu para sua decisão de seguir a carreira de ator. Foi para o Teatro Brasileiro de Comédia, de São Paulo, onde fez peças importantes, como: Entre Quatro Paredes, A Ópera dos Três Vinténs, Do Mundo Nada se Leva, Seis Personagens à Procura de um Autor, Convite ao Baile, A Falecida, A Raposa e as Uvas e A Ceia dos Cardeais.
Em 1949 fundou sua própria companhia teatral, o Teatro dos Doze, em sociedade com a atriz Nydia Lícia, com quem foi casado e teve uma filha, Silvia.
Na TV Tupi, Sérgio Cardoso fez várias telenovelas de sucesso: O Sorriso de Helena, O Cara Suja, O Preço de uma Vida, O Anjo e o Vagabundo, Somos Todos Irmãos e Antônio Maria — esta última escrita por Geraldo Vietri, na qual contracenou com Aracy Balabanian. Em 1968, atuou em O Santo Mestiço, novela sobre a vida de São Mantinho de Porres, além de aparecer no filme A Madona de Cedro, no papel do sacristão aleijado Pedro.
A partir de 1969 participou de diversas novelas da TV Globo, dentre elas A Cabana do Pai TomásPigmalião 70 e A Próxima AtraçãoO Primeiro Amor foi seu último trabalho: o ator faleceu devido a um ataque cardíaco a apenas 28 capítulos do desfecho da trama e seu personagem foi então interpretado por Leonardo Villar.
Mais de vinte mil pessoas acompanharam o enterro do ator em São Paulo. Após sua morte, houve rumores de que Sérgio havia sido enterrado vivo, fato enfaticamente negado por parentes e amigos.
No local onde ele fundou a companhia de teatro, no bairro da Bela Vista, hoje existe o Teatro Sérgio Cardoso.

Fonte: Wikipédia

sábado, 16 de março de 2013

PARAENSES que fizeram história. - Benedito Nunes.





Benedito José Viana da Costa Nunes (Belém21 de novembro de 1929 - Belém27 de fevereiro de 2011) foi um filósofo, professor, crítico de arte escritor brasileiro.
Foi um dos fundadores da Faculdade de Filosofia do Pará, depois incorporada à Universidade Federal do Pará - UFPA. Ensinou literatura e filosofia em outras universidades do Brasil, da França e dos Estados Unidos. Escreveu artigos e ensaios para jornais e publicações locais, nacionais e internacionais. Aposentou-se como professor titular de Filosofia pela UFPA, tendo recebido o título de Professor Emérito em 1998. No mesmo ano, foi um dos ganhadores do Prêmio Multicultural Estadão. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Filosofia (1989).
É autor de O drama da Linguagem, uma leitura de Clarice LispectorO tempo na narrativaIntrodução à Filosofia da ArteO dorso do tigre (ensaios literários e filosóficos); João Cabral de Melo Neto (Coleção Poetas Modernos do Brasil); Oswald Canibal (Coleção Elos); Passagem para o poéticoA filosofia contemporâneaNo tempo do niilismo e outros ensaios e Crivo de Papel (ensaios literários e filosóficos).
Benedito Nunes recebeu dois Prêmio Jabuti de Literatura: em 1987, pelo estudo da obra de Martin Heidegger que culminou em Passagem para o Poético; e em 2010 pela crítica literária A Clave do Poético.[3] Em 2010, foi agraciado com o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra.

Obras
  • Passagem para o poético - Filosofia e Poesia em Heidegger1968;
  • O Dorso do Tigre (Coleção Debates - ensaios literários e filosóficos), 1969;
  • João Cabral de Melo Neto (Coleção Poetas Modernos do Brasil), 1974;
  • Oswald Canibal (Coleção Elos), 1979;
  • O tempo na narrativa1988;
  • O drama da linguagem - Uma leitura de Clarice Lispector1989;
  • Introdução à Filosofia da Arte1989;
  • A Filosofia Contemporânea1991;
  • No tempo do niilismo e outros ensaios1993;
  • Crivo de papel (ensaios literários e filosóficos), 1998;
  • Hermenêutica e poesia - O pensamento poético1999;
  • Dois Ensaios e Duas Lembranças2000;
  • O Nietzsche de Heidegger2000;
  • Heidegger e Ser e Tempo2002;
  • Crônica de Duas Cidades - Belém e Manaus2006 - em coautoria com Milton Hatoum.

Prêmios
Recebeu o prêmio Jabuti em 1987, na categoria Estudos Literários e, em 2010, pela crítica literária A Clave do Poético.
Em 2010, recebeu o Prêmio Machado de Assis concedido pela Academia Brasileira de Letras pelo conjunto da obra.

Fonte: Wikipédia


sexta-feira, 15 de março de 2013

PARAENSES que fizeram história. - Sócrates.





Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira (Belém, 19 de fevereiro de 1954  São Paulo, 4 de dezembro de 2011), mais conhecido como Sócrates e também referido como Doutor Sócrates, Doutor ou Magrão, foi um futebolista e médico brasileiro.
Como jogador de futebol, Sócrates foi considerado como um dos maiores do Brasil e, segundo a FIFA, um dos maiores do mundo. Ídolo do Corinthians - ao lado de Luisinho, Cláudio, Roberto Rivellino, Neto, Tevez, Liedson, Marcelinho Carioca, Ronaldo Fenômeno e do Botafogo de Ribeirão Preto, ao lado de seu irmão Raí e Zé Mario.
Sócrates notabilizou-se também por sua militância política, particularmente nos anos 1980, quando liderou um movimento pela democratização do futebol e participou do movimento pelas Diretas já!.
Era irmão de outro famoso futebolista, Raí. Ambos foram capitães da Seleção Brasileira de Futebol.
Sócrates também atuou como técnico de futebol, articulista e comentarista esportivo. Também era músico e, eventualmente, ator e produtor teatral.

Primeiros anos
Sócrates recebeu esse nome porque seu pai que era apaixonado por literatura, e estava lendo A República de Platão, na época do nascimento do filho.  A família, originária de Messejana, Ceará, vivia em Belém do Pará, mudando-se para Ribeirão Preto quando o pai, funcionário público federal, foi transferido.
Em Ribeirão Preto, ingressa no colégio dos Irmãos Maristas, onde começa a prática esportiva e se apaixona pelo futebol. Na época torcia pelo Santos.
Aos dez anos assiste a uma cena que influenciaria sua visão de mundo: vê o pai queimando seus amados livros, logo após o golpe militar de 1964.
Quando Sócrates completa doze anos, sua numerosa família já está completa, com seus cinco irmãos - Sóstenes, Sófocles, Raimundo filho, Raimar e Raí, então com um ano de idade.
Aos dezesseis jogava no time juvenil do Botafogo Futebol Clube de sua cidade. Aos dezessete, ingressa na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, continuava jogando pelo Botafogo. No final de 1973, decide profissionalizar-se como jogador, sem abandonar o curso de medicina, que conclui em 1977, sem interromper sua carreira no futebol.

Carreira futebolística
Jogador
No Botafogo de Ribeirão Preto foi considerado um fenômeno desde o início, pois quase não treinava em função de frequentar o curso de medicina na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto(USP). No ano de 1977 o Botafogo Futebol Clube contratou o treinador Jorge Vieira, que chegou ao clube dando o recado: "jogador que não treina, não joga". Sócrates achou que não jogaria mais futebol, porém Jorge Vieira, reconhecendo o talento de Sócrates, deu tratamento diferenciado ao jogador. Naquele ano Sócrates foi campeão da Taça Cidade de São Paulo 1977, disputando o título com o São Paulo no Morumbi e artilheiro do campeonato. Ainda pelo Botafogo, também se destacou no Campeonato Brasileiro, marcando um célebre gol de calcanhar contra o Santos na Vila Belmiro. Em 1978, deixa o Botafogo e transfere-se para o Corinthians.
Socrátes se firmaria no Corinthians em 1978, refazendo a dupla com seu ex-companheiro no Botafogo Geraldão. Mas seus grandes companheiros de ataque nesse time seriam Palhinha e o amigo Casagrande. Sócrates passou a dedicar se mais ao futebol depois que se formou em medicina (1977). Na Seleção Brasileira estrearia em 1979 em um amistoso contra o Paraguai.
Foi uma das estrelas de times famosos em nível nacional e mundial: a Seleção Brasileira de Futebol da Copa do mundo de 1982 e do Corinthians da década de 1980, celebrizado pelo movimento da Democracia Corintiana. Na Copa de 1982 marcou dois gols contra as respeitadas equipes da URSS e Itália, mas isso não bastou para o Brasil se sagrar campeão. Também teve excelente atuação na Copa América de 1983, onde a seleção brasileira foi vice-campeã. Aos 30 anos faz uma rápida e decepcionante passagem pelo Fiorentina da Itália, entre 1984 e 1985.
Na Copa do Mundo de 1986 estaria novamente em ação, mas já fora de forma ideal. Ficaria ainda marcado pelo pênalti desperdiçado contra a França, na decisão que desclassificou o Brasil. Antes de encerrar a carreira (1989), ainda atuaria no Flamengo, no Santos e no Botafogo de Ribeirão Preto.
Em 1988, Sócrates participou de um amistoso entre uma equipe de grandes ídolos do Corinthians em todos os tempos - que contou, inclusive, com a presença de Rivellino - e o "pai" do Timão do Parque São Jorge, o time inglês Corinthian-Casuals, que voltou ao Brasil após quase um século da primeira vez que esteve no país. Os brasileiros venceram por 1x0, com gol do próprio Sócrates. A pedido dos ingleses, Sócrates jogou cerca de 15 minutos na equipe do Corinthian-Casuals.
Em 2004, atendendo ao convite de um amigo, participou de uma partida com a camisa do Garfoth Town, equipe da oitava divisão da Inglaterra.

Técnico
Logo após encerrar a carreira de jogador, tornou-se técnico do Botafogo. Em 1996, foi também técnico da equipe equatoriana  LDU, mas demitiu-se alegando falta de profissionalismo dos jogadores.
Em 1999, atendendo a um convite de um antigo companheiro de seleção, Leandro, foi técnico da equipe carioca Cabofriense.
Em 10 de junho de 2011, Sócrates recebeu um convite para treinar a Seleção de Cuba.

Política e jornalismo
Fora do futebol, Sócrates sempre manteve uma ativa participação política, tanto em assuntos relacionados ao bem-estar dos jogadores quanto aos temas correntes do país. Na década de 1980, participou da campanha Diretas Já (1983- 1984) e foi um dos principais idealizadores do movimento Democracia Corintiana (1982- 1984), que reivindicava para os jogadores mais liberdade e mais influência nas decisões administrativas do clube. 
Durante sua segunda internação, em 2011, Sócrates declarou que gostaria de trabalhar com o presidente venezuelano Hugo Chávez em projetos sociais ligados ao esporte.
Era articulista da revista Carta Capital e do jornal Agora São Paulo e comentarista esportivo do programa Cartão Verde da TV Cultura.

Música e teatro
Em 1980, Sócrates gravou um LP de música sertaneja chamado Casa de Caboclo, pela gravadora RCA, com tiragem de 50.000 exemplares que rapidamente saiu de catálogo. Em 1982, participou das gravações do LP Aquarela, do cantor Toquinho. 
Em 1983, Sócrates foi produtor, na peça Perfume de Camélia, com a atriz Maria Isabel de Lisandra. A peça foi exibida no teatro Ruth Escobar

Televisão
Em 1979, Sócrates, juntamente com seu companheiro de seleção brasileira e amigo, Zico, teve participação especial na telenovela brasileira Feijão Maravilha, da Rede Globo, onde contracenou com os atores Ivon CuryGrande Otelo e Olney Cazarré.

Literatura
Em 2002, Sócrates lançou em conjunto com o jornalista Ricardo Gozzi, pela Boitempo Editorial, o livro Democracia Corinthiana: A utopia em jogo, no qual conta a sua experiência durante o período da Democracia Corinthiana.

Cinema
Em 8 de dezembro de 2011 foi lançado oficialmente o documentário Ser Campeão é Detalhe sobre a Democracia Corinthiana, com depoimentos de personagens da época, inclusive, de Sócrates, a quem o filme foi dedicado e que ganhou uma homenagem durante o lançamento.

Medicina
Em 1992, inaugurou em Ribeirão Preto, com um investimento de 300.000 dólares, a Medicine Socrates Center, uma clínica médica destinada a atender profissionais de diversas modalidades esportivas e também pacientes comuns.

Alcoolismo e morte
Em agosto de 2011, Sócrates foi internado na UTI do Hospital Albert Einstein devido a uma hemorragia digestiva alta causada por hipertensão portal. Após essa primeira internação, admitiu que tinha problemas de alcoolismo.
Após uma segunda internação em setembro, em dezembro de 2011, Sócrates seria internado mais uma vez devido a uma suposta intoxicação alimentar, que acabou por se transformar em um grave quadro de choque séptico em razão de sua condição de saúde já debilitada. Sócrates faleceu às 4:30 da manhã de 4 de dezembro de 2011,teve uma falência múltipla dos órgãos em decorrência do choque séptico.
No dia de sua morte, o Corinthians, seu time do coração, sagrou-se pentacampeão brasileiro de futebol, minutos antes do início da partida, jogadores e comissão técnica do Corinthians prestaram uma homenagem a Sócrates, repetindo o gesto utilizado por ele nas comemorações de seus gols.
Sócrates foi sepultado no dia 4 de dezembro de 2011, no cemitério Bom Pastor, na cidade de Ribeirão Preto que, logo após o falecimento, decretou luto oficial.

Fonte: Wikipédia