Isso porque restos de comida, germes e poeira podem estar nas profundezas do seu teclado. Muitas pessoas não lavam as mãos depois de irem ao banheiro e usam o teclado, ou comem enquanto estão digitando, além, é claro, da oleosidade natural de nossas mãos, que torna o teclado um verdadeiro banquete para germes e bactérias. E elas podem causar intoxicação alimentar, vômito, diarreia…
Outro grande problema é o apartamento do seu melhor amigo ou do seu namorado. Um estudo indicou que o apartamento de um único homem solteiro tem 15 vezes mais bactérias do que a casa de várias meninas solteiras.
Minha intenção não é te assustar. Mas surgem cada vez mais pesquisas do tipo, que mostram que as pessoas são bem menos higiênicas do que se fazem passar.
Por exemplo, um estudo de 2011 descobriu os oito lugares mais sujos e contaminados dos shoppings: a pia do banheiro, as mesas de alimentação, o corrimão de escada rolante, os teclados (qualquer tela ou teclado que várias pessoas tenham que tocar, como de caixas eletrônicos e de máquinas de cartão de crédito), as lojas de brinquedo, os provadores, as lojas de dispositivos eletrônicos e as amostras de maquiagem.
Já um estudo feito pela Kimberly-Clark Professional em 4.800 escritórios descobriu que os locais mais sujos no trabalho são as maçanetas de torneiras, os puxadores de micro-ondas, os teclados de computador, as maçanetas de geladeiras, os botões de bebedouros e as máquinas de vender alimentos.
O que esperar dos hotéis, então? Segundo Jay Neal, microbiologista da Universidade de Houston (EUA) e autor do novo estudo, há certamente espaço para melhorias na limpeza dos hotéis.
Eles analisaram nove quartos de hotel em cada um desses três estados americanos: Texas, Indiana e Carolina do Norte. Os locais mais sujos foram os controles remotos e as tomadas (em especial as que acendem a luz de abajures).
Nem adianta aconselhar as pessoas a ficar longe desses lugares, afinal, se você não puder acender a luz ou ver TV em um hotel, certamente nem pisará em um.
O estudo apurou que os empregados do hotel gastam cerca de 30 minutos limpando cada quarto. Os pesquisadores disseram que, se pudessem identificar as partes mais contaminadas do quarto, o processo de limpeza poderia ser mais eficaz.
Os mais altos níveis de contaminação foram encontrados nos carrinhos de limpeza, especificamente nos panos. Isso é um problema, porque significa que as bactérias estão sendo carregadas de quarto para quarto. A sugestão dos cientistas é reduzir essa contaminação cruzada substituindo os líquidos de limpeza durante os turnos.
Os níveis mais baixos de bactérias foram encontrados na cabeceira da cama, nas hastes da cortina e na maçaneta da porta do banheiro.
Mesmo assim, os testes mostraram que os níveis de bactérias nos quartos de hotel são entre 2 a 10 vezes maiores do que os níveis aceitos nos hospitais. Mas calma; a presença de bactérias não significa necessariamente que as pessoas vão ficar doentes, apenas que a probabilidade é maior (como se isso fosse reconfortante).
Por outro lado, é cada vez mais aceito na medicina que nosso sistema imunológico “evolui” a medida que é exposto a parasitas. Então, é só olhar para o lado bom da sujeira: ela nos torna mais resistentes e menos suscetíveis a doenças.
Fonte: http://hypescience.com
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