O nosso entendimento do clima tem muito a ver com os níveis de CO2. Isso quer dizer que o clima da Terra e o nível de dióxido de carbono têm uma conexão: quanto mais CO2, mais quente o clima.
Seguindo esse pensamento, os cientistas acreditavam que há muito tempo, quando a Terra era congelada, as concentrações de CO2 eram baixas. Já nos períodos mais quentes, o nível de CO2 era maior.
Agora, uma nova pesquisa da Universidade da Califórnia (EUA), liderada por Ana Christina Ravelo e Jonathan LaRiviere e publicada na revista Nature, desmente esse pensamento. Segundo eles, há cerca de 12 milhões de anos, a Terra não era sensível aos altos e baixos de dióxido de carbono (seu clima não era influenciado por conta dos níveis). Mas, recentemente, como se tivéssemos desenvolvimento uma “alergia”, o clima da Terra começou a reagir às mudanças de concentração de CO2.
Ao reconstruir as condições climáticas durante o final do Mioceno, cerca de 12 milhões de anos atrás, período com um clima mais quente do que hoje, favorável à expansão dos campos e cerrados, árido no interior dos continentes, os cientistas chegaram a conclusão de que a temperatura dos oceanos em grande parte do Pacífico Norte era apenas cerca de 5 a 8 graus Celsius mais quentes do que é hoje, enquanto a concentração de CO2 era tão baixa que era comparável a um pouco antes da Revolução Industrial.
Já se levarmos em conta a análise das temperaturas do oceano e dos níveis de CO2 nos últimos cinco milhões de anos, fica claro que as mudanças climáticas tornaram-se cada vez mais ligadas às mudanças dos níveis de CO2. Em outras palavras, hoje, sim, o clima e dióxido de carbono tornaram-se fortemente acoplados: a Terra desenvolveu “alergia a CO2”.
Fonte: http://hypescience.com
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