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Colunista especialista em temas relacionados ao 3º setor;
assumiu a coluna em 9/4/2010
Desde o dia 18 e até 28 de agosto, a ONG Estação da Luz leva à população de Fortaleza e de mais 11 municípios cearenses a 9ª. Mostra de Teatro Transcendental, que atingiu mais de 180 mil espectadores nas edições anteriores e somou números expressivos: arrecadação de cerca de R$ 530 mil e 77,2 toneladas de alimentos; mais de 5.300 livros doados; 47 entidades beneficiadas.
A mostra é um modelo de atividade cultural que integra responsabilidade social e solidariedade e chega a diferentes públicos. Amplia o acesso das plateias locais a produções teatrais de outros estados e valoriza o intercâmbio cultural no País. Neste ano apresentam-se companhias do Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Há ainda o estímulo para que a comunidade se envolva com causas sociais relevantes. Doação de sangue e apresentação de peças para detentos são dois diferenciais da edição de 2011.
O professor exerce papel essencial nessa educação que visa a formação do caráter e deve estar bem preparado para isso. É de Sathya Sai Baba a frase: “O exemplo, e não o preceito, é a melhor ajuda para o ensino”.
Outra homenagem, a Comenda Madre Tereza de Calcutá, reconhece personalidades ou instituições que trabalham em prol de valores positivos. Em 2011, ela premia Irmã Conceição, que cuida da recuperação de crianças e adolescentes portadores de câncer no Lar Amigos de Jesus, em Fortaleza.
A mostra cresce por meio de parcerias. O Hemoce (Hemocentro do Ceará) participa como agente e beneficiário. Em sua sede é possível trocar alimentos não perecíveis e livros não didáticos por ingressos para os espetáculos. Em um shopping center de Fortaleza foi montado um posto de coleta de sangue para o hemocentro.
Outra parceria foi firmada com a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus). Ela viabiliza, pela primeira vez, a exibição de peças teatrais em duas unidades penais: o Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa e o Instituto Penal Professor Olavo Oliveira II.
Um convênio entre a Estação da Luz e a Secretaria de Educação do Estado do Ceará (Seduc) envolve mais de 533 mil estudantes da rede pública estadual no concurso de redação cujo tema é “Renovando atitudes – Mude você e transforme o mundo”. O vencedor ganhará um computador e sua redação será divulgada pela Agência da Boa Notícia e pelo site da mostra. A escola e o professor do aluno vencedor serão homenageados.
Os alimentos arrecadados serão doados a seis instituições: quatro de Fortaleza, uma de Maranguape e uma de Horizonte. Os livros serão doados à Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), que os distribuirá para as bibliotecas públicas do Estado.
Para saber mais da mostra, acesse: www.teatrotranscendental.com
* Homenagem a Engel Paschoal (7/11/1945 a 31/3/2010), jornalista e escritor, criador desta coluna.
Fonte: educacao.uol.com.br/colunas
Fernando* estava na aula de artes e tinha acabado de terminar uma maquete sobre as pirâmides do Egito. Conversava com os amigos quando foi expulso da sala aos gritos de “demônio” e “filho do capeta”. Não tinha desrespeitado a professora nem deixado de fazer alguma tarefa. Seu pecado foi usar colares de contas por debaixo do uniforme, símbolos da sua religião, o candomblé. O fato de o menino, com então 13 anos, manifestar-se abertamente sobre sua crença provocou a ira de uma professora de português que era evangélica. Depois do episódio, ela proibiu Fernando de assistir às suas aulas e orientou outros alunos para que não falassem mais com o colega. O menino, aos poucos, perdeu a vontade de ir à escola. Naquele ano, ele reprovou e teve que mudar de colégio.
Quem conta a história é a mãe de Fernando, Andrea Ramito, que trabalha como caixa em uma loja. Segundo ela, o episódio modificou a personalidade do filho e deixou marcas também na trajetória escolar. “A autoestima ficou muito baixa, ele fez tratamento com psicólogo e queria se matar. Foi lastimável ver um filho sendo agredido verbalmente, fisicamente, sem você poder fazer nada. Mas o maior prejudicado foi ele que ficou muito revoltado e é assim até hoje”, diz.
Antes de levar o caso à Justiça, Andréa tentou resolver a situação ainda na escola, mas, segundo ela, a direção foi omissa em relação ao comportamento da professora. A mãe, então, decidiu procurar uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência contra a docente. O caso aguarda julgamento no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Se for condenada, o mais provável é que a professora tenha a pena revertida em prestação de serviços à comunidade.
Já a Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec), responsável pela unidade, abriu uma sindicância administrativa para avaliar o ocorrido, mas a investigação ainda não foi concluída. Por essa razão, a professora – que é servidora pública – ainda faz parte do quadro da instituição, “respeitando o amplo direito de defesa das partes envolvidas e o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado do Rio de Janeiro”, segundo nota enviada pelo órgão. A assessoria não informou, entretanto, se ela está trabalhando em sala de aula.
A história do estudante Fernando, atualmente com 16 anos, não é um fato isolado. A pesquisadora Denise Carrera conheceu casos parecidos de intolerância religiosa em escolas de pelo menos três estados – Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. A investigação será incluída em um relatório sobre educação e racismo no Brasil, ainda em fase de finalização.
“O que a gente observou é que a intolerância religiosa no Brasil se manifesta principalmente contra as pessoas vinculadas às religiões de matriz africana. Dessa forma, a gente entende que o problema está muito ligado ao desafio do enfrentamento do racismo, já que essas religiões historicamente foram demonizadas”, explica Denise, ligada à Plataforma de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca Brasil), que reúne movimentos e organizações da sociedade civil.
Denise e sua equipe visitaram escolas de Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. Ouviram de famílias, professores e entidades religiosas casos que vão desde humilhação até violência física contra alunos de determinadas religiões. E, muitas vezes, o agressor era um educador ou membro da equipe escolar.
“A gente observa um crescimento do número de professores ligados a determinadas denominações neopentecostais que compreendem que o seu fazer profissional deve ser um desdobramento do seu vínculo religioso. Ou seja, ele pensa o fazer profissional como parte da doutrinação, nessa perspectiva do proselitismo”, aponta a pesquisadora.
Alunos que são discriminados dentro da escola, por motivos religiosos, culturais ou sociais, têm o processo de aprendizagem comprometido. “Afeta a construção da autoestima positiva no ambiente escolar e isso mina o processo de aprendizagem porque ele se alimenta da afetividade, da capacidade de se reconhecer como alguém respeitado em um grupo. E, na medida em que você recebe tantos sinais de que sua crença religiosa é negativa e só faz o mal, essa autoafirmação fica muito difícil”, acredita Denise.
Para ela, a religião está presente na escola não só na disciplina de ensino religioso. “Há aqueles colégios que rezam o Pai-Nosso na entrada, que param para fazer determinados rituais, cantar músicas religiosas. Criticamos isso no nosso relatório porque entendemos que a escola deve se constituir como um espaço laico que respeite a liberdade religiosa, mas não que propague um determinado credo ou constranja aqueles que não têm vínculo religioso algum”, diz.
*o nome foi alterado em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Fonte: noticias.uol.com.br/educacao
Ontem (18) o presidente chileno, Sebastián Piñera, apresentou a terceira proposta de modificações no sistema. Os manifestantes informaram que as medidas são insuficientes e que os protestos serão mantidos. A presidenta dos estudantes da Universidade do Chile, Camila Vallejo, disse que os manifestantes rejeitam as propostas apresentadas pelo ministro da Educação, Felipe Bulnes, pois não envolvem “uma mudança estrutural”.
Pelos dados dos líderes das manifestações, só nessa quinta-feira 200 mil pessoas participaram dos protestos que tomaram conta das principais avenidas de Santiago, a capital chilena. Pela primeira vez nos últimos dias, não houve embates entre os manifestantes e os policiais.
Na proposta apresentada, o governo sugere ampliar as bolsas de estudo para os mais desfavorecidos e lentamente repassar o controle da administração da educação básica e secundária para o governo federal. O ministro do Interior do Chile, Rodrigo Hinzpeter, disse ter ficado satisfeito pelo fato de a manifestação ter ocorrido de “forma pacífica”.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) expressou, porém, preocupação com a greve de fome de 40 jovens do ensino secundário. Há um mês, o grupo se recusa a comer, na tentativa de obter garantias do governo para as reivindicações sobre mudanças na educação.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
Fonte: noticias.uol.com.br/educacao
O espaço tem um acervo com mais de 3 mil títulos de materiais bibliográficos técnico-científicos, nas áreas específicas das residências médicas (clínica médica, cirurgia geral, cirurgia pediátrica, pediatria, radiologia e anestesiologia), entre livros, periódicos, folhetos, TCCs, teses e dissertações, além de estudos sobre escalpelamentos.
Entre os serviços oferecidos pela biblioteca estão empréstimo domiciliar, consulta local, intercâmbio entre bibliotecas, pesquisa bibliográfica, comutação bibliográfica por meio do Scad-Bireme e orientações para elaboração de trabalhos acadêmicos.
As bibliotecárias Luciane Maia e Regina Coimbra ressaltaram que a missão de um hospital de ensino, como a Santa Casa, além de educar e pesquisar, é preservar as novas descobertas. “É a biblioteca a principal responsável em transmitir as informações de pesquisas e acontecimentos que revolucionam o mundo do conhecimento”, destaca Regina Coimbra.
A Biblioteca “Prof. João Fecury" funciona de segunda à sexta-feira, das 8 às 16h, nas dependências da Fundação Santa Casa, com acesso pela Rua Bernal do Couto com Avenida Generalíssimo, no bairro do Umarizal. Telefone: 4009-2281, e-mail biblioteca@santacasa.pa.gov.br
Fonte: Alessandro Borges - Fundação Santa Casa - Agenciapara.com.br
Um circo é comumente uma companhia itinerante que reúne artistas de diferentes especialidades, como malabarismo, palhaço, acrobacia, monociclo, contorcionismo, equilibrismo, ilusionismo, entre outros.
A palavra também descreve o tipo de apresentação feita por esses artistas, normalmente uma série de atos coreografados à músicas. Um circo é organizado em uma arena - picadeiro circular, com assentos em seu entorno, enquanto circos itinerantes costumam se apresentar sob uma grande tenda ou lona.
Com o fim do império dos Césares e o início da era medieval, artistas populares passaram a improvisar suas apresentações em praças públicas, feiras e entradas de igrejas. "Nasciam assim as famílias de saltimbancos, que viajavam de cidade em cidade para apresentar seus números cômicos, de pirofagia, malabarismo, dança e teatro".
Tudo isso, porém, não passa de uma pré-história das artes circenses, porque foi só na Inglaterra do século XVIII que surgiu o circo moderno, com seu picadeiro circular e a reunião das atrações que compõem o espetáculo ainda hoje. Cavaleiro de 1 001 habilidades, o ex-militar inglês Philip Astley inaugurou, em 1768, em Londres, o Royal Amphitheatre of Arts (Anfiteatro Real das Artes), para exibições eqüestres. Para quebrar a seriedade das apresentações, alternou números com palhaços e todo tipo de acrobata e malabarista.
O sucesso foi tamanho que, 50 anos depois, o circo inglês era imitado não só no resto do continente europeu, mas atravessara o Atlântico e se espalhara pelos quatro cantos do planeta.
No Brasil, mesmo antes do circo de Astley, já havia os ciganos que vieram da Europa, onde eram perseguidos. Sempre houve ligação dos ciganos com o circo. Entre suas especialidades incluíam-se a domadores de ursos, o ilusionismo e as exibições com cavalos.Eles viajavam de cidade em cidade, e adaptavam seus espetáculos ao gosto da população local. Números que não faziam sucesso na cidade eram tirados do programa.
Novo circo
Segundo a corrente de pessoas que são contra o uso de animais em circo, seu uso tem sido gradativamente abandonado, uma vez que tais animais por vezes sofriam maus-tratos (tais como dentes precariamente serrados, jaulas minúsculas, estresse etc.) e, além disso, eram frequentemente abandonados, já que a manutenção de grandes animais, como tigres e elefantes demanda muito dinheiro. Há ainda inúmeros casos em que acidentes, principalmente envolvendo animais selvagens, nos quais pessoas saem feridas ou até mesmo mortas, como o caso de uma garota chinesa, atacada por um tigre.
Por outro lado existem inúmeros circos brasileiros que possuem infra-estrutura e recursos para manterem seus animais, com auxilio de biologos e veterinários contratados para garantir o bem estar dos animais. A maioria deles com documentação do Ibama. Existem raros casos de acidentes envolvendo animais selvagens, nos quais pessoas saem feridas ou até mesmo mortas.[carece de fontes?]
Atualmente é proibido o uso de animais em algumas cidades, mas na maioria dos municípios brasileiros ainda é permitida sua exibição, tendo em vista que não há uma legislação federal que regule a matéria. Empresários circenses, artistas, produtores culturais e alguns estudiosos lutam para que seja aprovada uma legislação federal que regulamente o uso de animais em circos.[carece de fontes?]