terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

PICHA(AÇÃO)!!!











Fotos: Hernany Fedasi



O Grafite e a pichação

A Diferença entre os dois

A pichação vem causando polêmica cada vez mais entre a sociedade. Então resolvemos colocar isso em debate.Vamos conhecer agora o que é o grafite e o que é a pichação.

Por Diego Lima e Suyane Oliveira

Existe uma grande diferença entre grafite e pichação. A diferença é que grafite é considerado uma arte de rua, já a pichação não é considerada uma arte, e sim uma atitude de vandalismo. A pratica de pichar pode levar uma pessoa á cadeia durante muito tempo. A mais recente arma contra a ação dos pichadores é o artigo 65 da lei dos crimes ambientais, número 9.605/98, existente desde1998 e que estabelece punição de três meses a um ano de cadeia e pagamento de multa.

As pessoas que têm o costume de pichar, disputam com outros pichadores para saber quem picha mais alto. Daí os prédios, praças, edifícios públicos e privados ficam sujos. Uma solução criativa para evitar a pichação é transformar os muros de edifícios em telas de arte. Outra solução para acabar de vez com a pichação é levar os pichadores para conhecer a arte. Então é aí que aparece o grafite.

Os grafiteiros procuram tirar as pessoas da ´´malandragem´´ e levar pichadores para o caminho da arte.

O grafite faz tanto sucesso hoje, que até recentemente o rei da Escócia mandou seus filhos contratarem alguém para renovar a pintura do castelo e eles resolveram chamar três grafiteiros brasileiros para fazer a obra-de-arte .

O rei falou que quando eles começaram havia estranhado, pois nunca tinha visto uma arte assim tão bonita.

Também há uma diferença entre a pichação, pois ela não é respeitada por ninguém. E o grafite é respeitado porque trata-se de uma arte muito bela. Porém, mesmo que o grafite seja muito belo, tem gente que não gosta desse tipo de arte.


PICHAÇÃO na sociedade atual

A pichação, por incrível que pareça não pode ser considerada mais um simples problema, mas deve ser tratada como um grande problema pois se situa dentro de alguns outros muito graves no atual contexto da cidade. O picho pode se situar dentro da poluição por exemplo. Quem nunca andou pela cidade e não se incomodou com as inúmeras formas e símbolos desenhados nos mais diversos lugares, desde os tradicionais muros, alto dos prédios, até o desconforto dentro de veículos como os ônibus, que circulam depredados pela cidade. A pichação se encontra em tudo o que se olha na cidade, tudo já virou alvo das latas de tinta, e de outros materiais usados para pichar. A poluição visual é tamanha, misturando outdoors, faixas, anúncios de todas as naturezas, que somados a violência, o desrespeito para com o outro, o trânsito caótico a criminalidade entre outros problemas, acaba em proporcionar uma população revoltada, extremamente cansada, e sem disposição para tratar dos problemas sociais com racionalidade.

A pichação também contribui com a violência na cidade em várias situações. Desde a polícia que pode chegar a espancar os jovens que picham, até os próprios donos das casas ou estabelecimentos pichados, que não pensam duas vezes antes de sair atirando no primeiro que comprometer a estética de suas propriedades. Entre os pichadores a violência também ocorre, grupos rivais de todas as partes da cidade entrem em confronto deixando como resultado muitas vezes a morte de jovens que não passam dos dezoito anos de idade.

O atual governo responsável pela cidade está adotando o grafite como remédio para esta situação. O grafite é a forma mais indicada para a resolução deste problema social com os pichadores. A cidade de São Paulo se encontra suja, destruída, cada vez mais os jovens perdem o respeito pelas paredes, pelos monumentos da cidade, pelos órgãos da prefeitura como hospitais por exemplo. Atos de vandalismo como pichar, destruir telefones públicos, ou até o simples descuido de jogar lixo em vias públicas leva a cidade para um processo de degradação, onde cada vez mais se torna dificíl a relação dos cidadãos com o espaço. A oportunidade de passar para a população como um todo, e até para policiais e autoridades as diferenças entre pichar e grafitar, entre destruir a cidade ou melhora-la em sua disposição estética e artística, não deve ser desperdiçada..

Existe agora a possibilidade de tirar um jovem considerado subversivo, excluído culturalmente pois a pichação é uma forma de expressão marginalizada, e inseri-lo em uma nova concepção de expressão que assim como o picho advém das latas de tintas, que tem em comum uma ideologia de revolucionar, divulgar a informação do povo para todos, mostrar a realidade da população urbana, mas agora de uma maneira em que o potencial artístico desse jovem é explorado, e este passa a contribuir e não mais destruir o espaço que é bem comum de todos .

A pichação já a algum tempo está banalizada na capital paulista, ou seja os ideais de revolução, até a própria liberdade de expressão se vê banalizada no atual contexto. Pichar no conceito dos jovens paulistanos não passa de uma competição incansável entre os inúmeros grupos que tomam os espaços horizontais e verticais nas ruas. Apenas a vontade de pichar é o motivo, sem ideologias para passar os pichadores não podem mais ser considerados parte da luta contra a alienação das pessoas perante os problemas sociais nacionais, como acontecia nas décadas antecessores, mas podem se encontrar dentro deste conceito de alienação pois escrever uma palavra que nada significa compulsivamente em um muro não leva ninguém a refletir sobre nada, apenas piora o contexto urbano atual na capital, que já é muito complicado.

Enfim, o pichador hoje em dia na cidade de São Paulo está excluído culturalmente, pois não tem um ideal, não luta por nada. Salvo exceções, quando nos encontramos em época de eleições são freqüentes as pichações políticas que defendem um político, partido etc... até as que são contra toda a política nacional e consistem em frases de protesto contra o sistema.

Já que cultura pode ser considerada a construção da identidade de um povo, a pichação e os pichadores neste conceito não estão incluídos, a julgar por suas atitudes que não acrescentam nada a construção de um valor de um povo brasileiro, insatisfeito com seus governantes, revoltado mas que possui meios mais civilizados de lidar com os atuais efeitos da corrupção e ilegalidade, criminalidade e preconceitos que degradam sua sociedade.

Fonte:

www.klickescolas.com.br/KEP/Ciber/Revista/KEP_Revista_Final



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