sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Uma breve biografia do Judaísmo


Rabi Yossef Yitschac Schneersohn 5640-5710 (1880-1950)



Rabi Sholom Dovber, quinto líder do crescente Movimento Chabad, estava constantemente atarefado pelo crescente número de reuniões públicas, conferências e importantes convocações rabínicas às quais precisava comparecer.
O desfile interminável de delegações chassídicas, pessoas buscando seu conselho primeiras e orientação, a necessidade de supervisionar e instruir seus seguidores, além de sua necessidade pessoal de estudo bíblico e chassídico, ocasionavam mais e mais interferências em seus dias de trabalho, que já se esticavam desde o início da manhã até tarde da noite.
Ele decidiu designar um secretário pessoal para aliviá-lo de parte de seu imenso fardo. Sua escolha recaiu em seu filho de quinze anos, Rabi Yossef Yitschac Schneersohn. Nascido em 12 de Tamuz de 5640 (1880) em Lubavitch, Rússia, o jovem havia provado sua capacidade no estudo e já era reconhecido como erudito brilhante. Logo provaria ser também um brilhante administrador, com um notável talento para atividades comunitárias e cívicas.
Em 5655 (1895), o jovem Rabino participou da grande conferência de líderes religiosos e leigos em Kovno, e novamente no ano seguinte em Vilna.
Em 13 de Elul de 5657 (1897), com dezessete anos, Rabi Yossef Yitschac casou-se com Nechama Dina, a filha de Rabi Abraham Schneersohn, um homem importante de grande erudição e piedade (e neta do Tsemach Tsedec).
Durante a semana de festejos que se seguiu à cerimônia de casamento, Rabi Sholom Dovber anunciou a fundação da famosa Yeshivá Lubavitch, Tomchei Tmimim, e no ano seguinte designou sei filho como diretor-executivo. Sob a competente direção de Rabi Yossef Yitschac, e guiada pelo pai sempre vigilante, a Yeshivá Lubavitch prosperou e desenvolveu-se, havendo então a fundação de muitas yeshivot afiliadas por toda a Rússia.
As duas décadas do século vinte foram um teste à ilimitada energia, ao zelo e à capacidade do jovem Rabino. Podemos somente mencionar brevemente os eventos mais importantes ocorridos nestes vinte anos.
Como parte dos exaustivos esforços sendo feitos para melhorar a situação econômica dos judeus na Rússia, Rabi Yossef Y. Schneersohn recebeu de seu pai a incumbência de dirigir uma intensa campanha para o estabelecimento de uma indústria têxtil em Dubrovna.
Esta campanha, em 5661 (1901), levou Rabi Schneersohn a Vilna, Lod e Koenigsberg. Ele obteve a cooperação de rabinos de destaque e dos famosos filantropos, os irmãos Jacob e Eliezer Poliakoff, e a tecelagem foi devidamente estabelecida com aproximadamente 2000 empregados judeus.
Já sabemos da difícil situação dos judeus sob o regime czarista, e de como os Rebes de Lubavitch continuamente intercediam por seus irmãos, tanto com o Governo quanto no Tribunal. Rabi Yossef Y. Schneersohn encarregou-se de tais missões e viajou diversas vezes à capital, S. Petersburgo, e a Moscou.
Quando a Guerra Russo-Japonesa foi desencadeada no Oriente em 5664 (1904), Rabi Yossef Y. Schneersohn tornou-se ativo na campanha iniciada por seu pai, a fim de fornecer matsot para Pêssach aos soldados judeus na frente de batalha oriental.
Na agitação generalizada que se seguiu à deflagração daquela guerra, uma nova onda de pogroms varreu o Território dos Judeus. Rabi Yossef Y. Schneersohn foi enviado por seu pai à Alemanha e Holanda, e conseguiu obter a intercessão de estadistas importantes a favor do judaísmo russo.
Em 5668 (1908), participou novamente na convocação rabínica em Vilna. No ano seguinte, foi à Alemanha para conferenciar com líderes judeus. Ao voltar, tomou parte na preparação para a próxima convocação rabínica de 5670 (1910). Suas atividades públicas enérgicas e de longo alcance, sua vigilante defesa dos direitos dos judeus russos, e sua constante luta contra as autoridades locais e centrais despertaram a animosidade do regime czarista da época.
Entre 5662 e 5671 (1902-1911), Rabi Yossef Y. Schneersohn foi preso em Moscou e S. Petersburgo em quatro ocasiões. Como os inquéritos governamentais não conseguiram saber de nada incriminador em suas atividades, foi libertado todas as vezes com uma advertência formal.
Estes incidentes não detiveram Yossef Y. Schneersohn na continuação de sua obra, mas animaram-no a esforços ainda maiores. Nos anos 5677 e 5678 (1917-18), liderou novamente as convocações de rabinos e leigos em Moscou e Kharkov.
Com a morte de seu pai em 2 de Nissan de 5680 (1920), Rabi Yossef Y. Schneersohn foi convidado por todo o mundo de Chabad e aceitar a liderança do movimento e tornar-se o próximo Lubavitcher Rebe.
Naquela época, as condições tinham mudado consideravelmente. Devido ao resultado da guerra e da Revolução de Outubro, a Rússia ficou em um estado de constantes conflitos internos. Como sempre, quem mais sofria eram os judeus.
Naqueles dias, Rabi Schneersohn viu-se praticamente sozinho, enfrentando uma tarefa que exigia esforços sobre-humanos - a reabilitação da vida judaica comunitária e religiosa na Rússia.
Lutou esta guerra em duas frentes, a material e a religiosa. Os judeus russos estavam reduzidos à mais abjeta pobreza e ao sofrimento, e o futuro do judaísmo tradicional era gravemente ameaçado pela política da Yevsektzia ateísta. (O ramo judaico do Partido Comunista Soviético, responsável por atividades anti-judaicas. Foi subseqüentemente dissolvido pelo Governo Soviético.)
Durante esta luta desigual e esmagadora pela preservação do judaísmo tradicional na Rússia, Rabi Yossef Y. Schneersohn percebeu que um novo país teria de desbancar a Rússia como grande centro de Torá. Fundou então uma yeshivá de Lubavitch em Varsóvia, no ano 5681 (1921), e ajudou muitos estudantes e funcionários de sua Yeshivá russa a se mudarem para a Polônia e ali continuarem sua obra. A Yeshivá Lubavitch na Polônia, como suas iguais na Rússia, desenvolveu-se rapidamente em um completo sistema de yeshivot, e centenas de alunos foram matriculados em suas diversas filiais.
Nesse ínterim, Rabi Yossef Y. Schneersohn destemidamente conduzia sua obra na Rússia, fundando e mantendo yeshivot, escolas de Torá e outras instituições religiosas.
Naquela época, Rabi Schneersohn tinha sua sede central em Rostov (sobre-o-Don), mas devido às acusações caluniosas, foi necessário mudar-se dali. Estabeleceu sua residência em Leningrado (S. Petersburgo) de onde continuou incansavelmente a dirigir suas atividades. Organizou um comitê especial para auxiliar os artesãos e operários judeus que desejavam guardar o Shabat, e enviou professores, pregadores e outros representantes às mais remotas comunidades judaicas da Rússia, para fortalecer sua vida religiosa.
Percebendo a necessidade de organizar comunidades Chabad fora da Rússia, o Lubavitcher Rebe formou o Agudat Chassidei Chabad dos Estados Unidos e Canadá, e manteve contato regular com seus seguidores no Novo Mundo.
Em 5687 (1927), o Rebe fundou a Yeshivá Lubavitch em Bokhara, uma remota província da Rússia.
Sua resistência contra aqueles que desejavam minar a religião judaica tornou-se ainda mais arriscada. A Yevsektzia estava determinada a refreá-lo, e recorreu até mesmo à intimidação e tortura mental.
Certa manhã, quando o Lubavitcher Rebe estava cumprindo yahrzeit por seu pai, três membros da Yevsektzia irromperam em sua sinagoga, revólveres em punho, para prendê-lo. Calmamente, o Lubavitcher Rebe terminou suas preces e os seguiu.
Enfrentando um conselho de homens armados e determinados, o Lubavitcher Rebe mais uma vez reafirmou que não abriria mão de suas atividades religiosas, quaisquer que fossem as ameaças. Quando um dos agentes apontou-lhe um revólver, dizendo: "Este brinquedinho fez muitos homens mudarem de idéia", o Lubavitcher Rebe replicou calmamente: "Aquele brinquedinho pode intimidar somente o tipo de homem que tem muitas paixões e deuses, mas apenas um mundo - este mundo. Como eu tenho apenas um D'us e dois mundos, não estou impressionado pelo seu brinquedinho."
Sua luta chegou ao auge no verão de 5687 (1927), quando o Rebe foi preso e colocado em confinamento solitário na temida prisão Spalerno em Leningrado. Foi condenado à morte, mas a oportuna intervenção de estadistas estrangeiros salvou sua vida. Em vez de ser executado, foi banido para Kostroma, nos Urais, por três anos.
Cedendo à pressão mais intensa por parte daqueles estadistas, as autoridades decidiram libertar o Lubavitcher Rebe. Foi informado dessa decisão em seu aniversário, 12 de Tamuz. No dia seguinte foi-lhe permitido sair e instalar-se na aldeia de Malachovka, nos arredores de Moscou. Uma intervenção mais decidida resultou na permissão para o Rebe deixar a Rússia e se dirigir a Riga, na Latvia. No dia seguinte a Sucot, juntamente com sua família e boa parte de sua valiosa e histórica biblioteca, o Rebe dirigiu-se a Riga. Sem parar para descansar, reiniciou suas atividades, começando a criar uma yeshivá em Riga. Em 5688 e 5689 (1928-29), garantiu a provisão de matsot para os judeus na Rússia.
Em 5689 (1929), o Lubavitcher Rebe visitou Israel, dirigindo-se em seguida aos Estados Unidos. Em Nova York, teve uma recepção cívica e liberdade garantida na cidade. Centenas de rabinos e líderes leigos recepcionaram o Rebe e procuraram ter entrevistas pessoais com ele. Durante esta visita, ele foi recebido pelo Presidente Hoover na Casa Branca.
Retornando à Europa, continuou suas diversas atividades, mas para ter mais facilidades para sua obra passou a residir em Varsóvia em 5694 (1934). As atividades das yeshivot Lubavitch na Polônia a esta altura tinham adquirido um impulso considerável. As yeshivot centrais em Varsóvia e aquelas na vizinha Otvock atraíam centenas de eruditos de todas as partes da Polônia e de outros países, incluindo os Estados Unidos. Dois anos depois, o Rebe fixou residência em Otvock, e dali passou a dirigir todas suas atividades.
Ao irromper a Segunda Guerra Mundial em setembro de 1939 (5699), o Rebe recusou todas as oportunidades para sair do inferno de Varsóvia até que tivesse tomado todos os cuidados com suas yeshivot e feito todo o possível pelos seus irmãos que sofriam na capital polonesa. Ali permaneceu durante todo o terrível cerco e bombardeio de Varsóvia e sua capitulação final aos invasores nazistas.
Mesmo durante essa época, ele conseguiu evacuar grande parte de seus alunos para regiões mais seguras, e todos os meninos americanos que tinham estado estudando na Yeshivá Lubavitch em Otvock foram transportados em segurança de volta a seus lares nos Estados Unidos.
Sua coragem e destemor (ele ordenou a construção de uma sucá e cumpriu a mitsvá de "habitar na sucá" durante o auge do bombardeio) foram uma fonte de inspiração para a sofrida comunidade judaica de Varsóvia.
Somente quando percebeu que nada mais poderia fazer por eles foi que o Rebe finalmente concordou em dar atenção aos desesperados apelos de seus muitos seguidores em Varsóvia e no exterior, de tentar sair das ruínas carbonizadas da capital polonesa e tomar o rumo dos Estados Unidos.
Com a cooperação do Departamento de Estado em Washington, os amigos e seguidores do Rebe trabalharam incessantemente para arranjar sua viagem de Varsóvia a Nova York. Finalmente, o Lubavitcher Rebe e sua família receberam um salvo-conduto até Riga - àquela altura, a Latvia ainda era neutra. Uma vez ali, o Lubavitcher Rebe continuou a ajudar os numerosos refugiados que tinham conseguido escapar da Polônia para a Lituânia e Latvia.
Em 9 de Adar II de 5700 (19 de março de 1940), o Lubavitcher Rebe chegou a Nova York no navio Drottningholm. Foi entusiasticamente recebido por milhares de seguidores e muitos representantes de diversas organizações, bem como autoridades cívicas.
Logo após sua chegada, o Rebe fez saber que não fora por sua própria segurança que tinha feito a viagem aos Estados Unidos, mas porque tinha uma importante missão a cumprir durante sua estadia ali. Esta missão era fazer da América um centro de Torá, que substituiria as arruinadas comunidades judaicas da Europa.
A década que se passara entre a primeira e segunda visitas do Rebe aos Estados Unidos tinha deixado marcas em sua constituição. Porém, embora sua saúde estivesse bastante abalada pelo sofrimento e martírio, Rabi Schneersohn devotou-se imediatamente à sua nova missão.
A Yeshivá Central Tomchei Tmimim Lubavitch foi logo estabelecida, e tornou-se a precursora de muitas yeshivot e escolas de período integral por todos as partes dos Estados Unidos. O Rebe continuou seus esforços em prol de seus irmãos além-mar afligidos pela Guerra, e ao mesmo tempo concentrou-se em sua intenção declarada de provocar um renascimento religioso nos Estados Unidos.
Após uma breve estadia na cidade de Nova York, o Rebe transferiu sua sede para o Brooklyn. A primeira edição do boletim mensal, Hakriah Vehakdusha, fez sua aparição como órgão oficial de Agudat Chassidei Chabad, e continuou durante toda a Guerra.
Nos dez anos de sua vida nos Estados Unidos, a influência e realizações de Rabi Yossef Yitschac Schneersohn no fortalecimento do judaísmo, ampliando a educação judaica, e estabelecendo instituições de estudo judaico foram tão notáveis, que o judaísmo e o estudo de Torá nos Estados Unidos, e subseqüentemente em outros países, tomou uma feição totalmente diferente.
Além das Yeshivot Lubavitch Tomchei Tmimim nos Estados Unidos e Canadá, o Rebe fundou Machne Israel, Merkos L'Inyonei Chinuch, escolas Beth Rivkah e Beth Sarah para meninas judias, e a Editora Kehot, dedicada à publicação de livros no verdadeiro espírito e tradição de Torá.
Foram também criados grupos Messibot Shabat para meninos e meninas, para tornar as crianças e adolescentes judeus conscientes de seu grande legado espiritual. Reunindo-se a cada Shabat em uma atmosfera agradável, e lideradas por uma pessoa de sua própria idade e oriunda do mesmo bairro, estas crianças são imbuídas com os fundamentos da religião judaica, da santidade do Shabat e outros preceitos.
Ao final da Guerra em 5705 (1945), Rabi Yossef Yitschac Schneersohn estabeleceu sua Organização para Auxílio e Reabilitação para Refugiados, Ezras Pleitim Vessidurom, com um escritório regional em Paris. Muitos refugiados receberam ajuda dessa organização para emigrarem a Israel. Em 5708 (1948), o Lubavitcher Rebe fundou a Aldeia Chabad (Kfar Chabad) perto de Tel Aviv.
Pouco antes de sua morte, Rabi Yossef Yitschac Schneersohn voltou sua atenção às necessidades do judaísmo norte-africano. Foram lançados os alicerces para uma rede de instituições educacionais, incluindo yeshivot, Talmud Torot e escolas para meninas, das quais todas continuam a prosperar sob o nome "Oholei Yossef Yitschac Lubavitz".
Uma rede semelhante de instituições educacionais foi fundada em Israel, e escolas de período integral em Melbourne, Austrália.
Muitos trabalhadores comunitários e líderes judeus empenharam-se a partir da obra bem-sucedida de Rabi Yossef Yitschac Schneersohn e têm redobrado seus esforços. Novas organizações e instituições têm brotado no campo da educação judaica e do cumprimento do Shabat, e sua influência está se fazendo mais e mais sentida. Pode-se dizer com certeza que este grande homem foi um dos pilares do judaísmo mundial em nossa geração.
Rabi Yossef Yitschac Schneersohn faleceu no Shabat, 10 de Shevat de 5710 (1950), após trinta anos de esforço infatigável como líder de Chabad e líder do judaísmo mundial.
A notícia de sua morte entristeceu os judeus no mundo inteiro, e eles prantearam com um senso de perda pessoal o passamento de um líder tão eminente, devotado e inspirador.

Deodoro de Mendonça promove "Feira do Gibi" - Belém - Pará


Escola Estadual "Deodoro de Mendonça".
www.deomen30.blogspot.com
















Professores e alunos da Escola Estadual Deodoro de Mendonça promoverão a “Feira do Gibi”, de 7 a 9 de outubro. Será um momento de integração da comunidade escolar, tendo como base a doação e troca de revistas em quadrinhos.Toda a escola já está mobilizada e a feira promete ser uma grande atividade durante o recreio, nos três turnos. Esta ação literária faz parte do cronograma do Projeto "Sala de Leitura" que existe na escola desde 2007.

Fonte: Ascom/Seduc

Biblioteca Nacional do Brasil




Biblioteca Nacional do Brasil
A Biblioteca Nacional, também chamada de Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, é a depositária do patrimônio bibliográfico e documental do Brasil, considerada pela UNESCO como a sétima biblioteca nacional do mundo e, também, é a maior biblioteca da América Latina[1]. Entre suas várias responsabilidades incluem-se a de preservar, atualizar e divulgar uma coleção com mais de oito milhões de peças, que teve início com a chegada da Real Biblioteca de Portugal ao Brasil e cresce constantemente, a partir de doações, aquisições e com o depósito legal.
Sede do SNBP
Também funciona como sede do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP) , criado em 1992 pelo decreto presidencial n°520, de 13/05/92.
História
A biblioteca foi fundada com o nome de Real Biblioteca, depois Biblioteca Imperial e Pública da Corte e, desde 1876, chama-se Biblioteca Nacional. A seguir é apresentado um pouco de sua história.
Primórdios
A história da Biblioteca Nacional se inicia antes de sua fundação pois em 1º de novembro de
1755, Lisboa sofreu um violento terremoto, que marcou sua história, e que deu origem a um grande incêndio que, entre outros edifícios, o da Real Biblioteca, também conhecida como Real Livraria, considerada uma das mais importantes bibliotecas da Europa, àquela época. A esta perda quase irreparável para os lusitanos seguiu-se um movimento para sua recomposição, que foi prevista entre as tarefas emergenciais para reconstruir Lisboa após o incidente de 1755.
Real Biblioteca da Ajuda
A fim de levar a cabo essa missão, o rei Dom José I de Portugal e o ministro Marquês de Pombal empenharam-se em juntar o pouco que sobrara da Real Livraria e a organizar, no Palácio da Ajuda, uma nova biblioteca, que se tornou importante pela composição de seu acervo que, em 1807 reunia cerca de sessenta mil peças, entre livros, manuscritos, incunábulos, gravuras, mapas, moedas e medalhas. Este acervo foi aquele trazido ao Brasil após a vinda da família real em 1808, em conseqüência da invasão de Portugal pelas tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte.
Mudança para o Rio de Janeiro
O acervo foi trazido em três etapas, sendo a primeira em 1810 e as outras duas em 1811. A biblioteca foi acomodada, inicialmente, nas salas do andar superior do Hospital da Ordem Terceira do Carmo (de acordo com o alvará de 27 de julho de 1810), localizado na antiga rua de trás do Carmo, atual rua do Carmo, próximo ao Paço Imperial. As instalações, no entanto, foram consideradas inadequadas e poderiam por em risco tão valioso acervo assim, em 29 de outubro de 1810, data que ficou atribuída à fundação oficial da Biblioteca Nacional, o príncipe regente editou um decreto que determinava que, no lugar que havia servido de catacumbas aos religiosos do Carmo, se erigisse e acomodasse a "minha Real Biblioteca e instrumentos de física e matemática, fazendo-se à custa da Real Fazenda toda a despesa conducente ao arranjamento e manutenção do referido estabelecimento".
Nova sede
As obras para nova edificação da Biblioteca somente se concretizaram em
1813, quando foi transferido o acervo. Enquanto o processo de instalação dos livros, que se iniciou em 1810, estava ocorrendo a consulta ao acervo da Biblioteca já podia ser realizada por estudiosos, mediante consentimento régio e, em 1814, após o término da organização do acervo, a consulta foi franqueada ao público.
Ampliação do acervo
Oficialmente estabelecida, a Biblioteca continuou a ter seu acervo ampliado de maneira significativa, através de compras, doações, principalmente, e de "propinas", ou seja, pela entrega obrigatória de um exemplar de todo material impresso nas oficinas tipográficas de Portugal (Alvará de 12 de setembro de 1805) e na Impressão Régia, instalada no Rio de Janeiro. Essa legislação relativa às propinas foi sendo aperfeiçoada ao longo dos anos e culminou no Decreto nº 1.825, de 20 de dezembro de 1907, chamado comumente Decreto de Depósito Legal, ainda em vigor.
Compra pelo Império do Brasil
Após a morte de Dona
Maria I, em março de 1816, teve início o reinado de Dom João VI, que permaneceu no Brasil até 1821, quando circunstâncias políticas o fizeram retornar a Lisboa com a Família Real, à exceção de seu filho primogênito.Aqui também permaneceu a Real Biblioteca. Nessa época ela já crescera muito e, após a Independência, em 1822, passou a ser propriedade do Império do Brasil, pois sua compra consta da Convenção Adicional ao Tratado de Amizade e Aliança firmado entre Brasil e Portugal, em 29 de agosto de 1825. Pelos bens deixados no Brasil a Família Real foi indenizada em dois milhões de libras esterlinas, desse valor, oitocentos contos de réis destinavam-se ao pagamento da Real Biblioteca, que passou a se chamar, então, Biblioteca Imperial e Pública da Corte.
Outra sede
Em 1858, a Biblioteca foi transferida para a
rua do Passeio, número 60, no Largo da Lapa, e instalada no prédio que tinha por finalidade abrigar de forma melhor o seu acervo. Atualmente, com algumas modificações, esse edifício abriga a Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Como seu acervo continuava a ampliar-se com as doações, aquisições e através de contribuição legal, compra de coleções de obras raras em leilões e em centros livreiros de todo o mundo, em breve seria necessária sua mudança para outro edifício, mais adequando às suas necessidades.
Atividades
Ao longo do século, a Biblioteca Nacional diversificou e aperfeiçoou suas atividades, e passou por sucessivas reformas. Em resposta às exigências impostas pela demanda dos pesquisadores, e diante da importância do conjunto bibliográfico e documental sob sua guarda, buscou acompanhar a evolução tecnológica mundial e investiu no aprimoramento dos mecanismos de segurança e preservação do patrimônio sob sua custódia; criou e desenvolveu metodologias modernas de catalogação e classificação para seu acervo e adotou novas tecnologias da informação, para garantir o direito de acesso do cidadão e contribuir para a sua qualificação.
Atualidade
Em
1990 a Biblioteca Nacional foi transformada em fundação de direito público, com vínculo ao Ministério da Cultura, absorvendo parte das funções do Instituto Nacional do Livro (INL) que foi extinto naquele ano.
Com essa reestruturação teve incluídos em sua estrutura organizacional os seguintes órgãos:
Escritório de Direitos Autorais (EDA), em que são realizados os registros de obras intelectuais
Agência Brasileira do International Standard Book Number (
ISBN)
Agência Brasileira do International Standard Series Number (
ISSN)
Agência Brasileira do International Standard Music Number (
ISMN)
A partir dessa data passou a coordenar, em todo o Brasil:
o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas
o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (PROLER)
o Plano Nacional de Obras Raras (PLANOR)
o Plano Nacional de Microfilmagem de Periódicos Brasileiros (PLANO)
Além disso tornou-se responsável pela promoção e divulgação de autores e livros brasileiros no exterior, através de participação em feiras internacionais de livros e concessão a editoras estrangeiras de bolsas de apoio à tradução de escritores brasileiros.
Funções
A BN tem estabelecido estreita relação com organismos internacionais para divulgar os livros e autores brasileiros, e tem atuado no desempenho de funções referentes à biblioteca, ao livro e à leitura, em seus diversos segmentos.
Como também tem a função de centro nacional de informações bibliográficas e documentais, vem atuando como uma biblioteca de amplo acesso com acervo disponível a pesquisadores, tanto presenciais quanto distantes, no Brasil e no exterior. Em seu prédio-sede atende a cerca de quinze mil usuários por mês.
Dispõe de duas outras bibliotecas públicas:
a
Biblioteca Demonstrativa de Brasília (BDB), com atendimento ao público do Distrito Federal que registra uma média de 25 mil usuários por mês
a
Biblioteca Euclides da Cunha (BEC), dedicada ao público infanto-juvenil da Biblioteca Nacional, com a média de 2500 usuários por mês
De seu acervo, vale destacar um exemplar da
Bíblia de Mogúncia, de 1462 e a coleção iconográfica, Teresa Cristina Maria, tombada como patrimônio mundial pela Unesco. Esta última foi alvo de um grande furto em 2005.
Fonte:WIKIPÉDIA

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A maior biblioteca do mundo



A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos da América é a maior biblioteca do mundo (segundo o Livro dos Recordes). Localizada na capital dos Estados Unidos, Washington, DC, a Biblioteca do Congresso possui mais de 130 milhões de itens diferentes, disponíveis em cerca de 480 idiomas. Sua coleção inclui:* Mais de 29 milhões de livros catalogados e outros materiais impressos em 470 línguas* Mais de 58 milhões de manuscritos* 6.000 histórias em quadrinhos* 4,8 milhões de mapas* 500.000 microfilmes* A maior coleção de livros raros da América do Norte, incluindo a Bíblia de Gutenberg (Gutenberg Bible)



[Fonte Wikipedia]

História da Biblioteca





Sala de leitura de biblioteca universitária na cidade austríaca de Graz


Biblioteca
Biblioteca (do grego βιβλιοϑήκη, composto de βιβλίον, "livro", e ϑήκη "depósito"), na definição tradicional do termo, é um espaço físico em que se guardam livros. De maneira mais abrangente, biblioteca é todo espaço (concreto, virtual ou híbrido) destinado a uma coleção de informações de quaisquer tipos, sejam escritas em folhas de papel (monografias, enciclopédias, dicionários, manuais, etc) ou ainda digitalizadas e armazenadas em outros tipos de materiais, tais como CD, fitas, VHS, DVD e bancos de dados. Revistas e jornais também são colecionados e armazenados especialmente em uma hemeroteca.
A disciplina que rege o funcionamento das bibliotecas é a
biblioteconomia, onde as Leis de Ranganathan ou Cinco Leis da Biblioteconomia são os princípios fundamentais.


Bibliotecas no mundo: uma epopéia histórica
A antiga e recente história das bibliotecas é marcada por fatos de pura resistência do conhecimento. Ela vem sofrendo ao longo dos anos a ação do tempo, as guerras, a censura, e mesmo assim elas conseguiram sobreviver a todos os ataques. Na Idade Média, por exemplo, as bibliotecas quase foram extintas, vindo principalmente pela ação de censura da Igreja Católica. Mas, contraditoriamente, foram nos mosteiros, preservadas em esconderijos, e que elas conseguiram mais uma vez se salvar. Um bom exemplo desse tipo de operação medieval foi resgatado no romance O Nome da Rosa, de autoria de Umberto Eco. Na verdade, as bibliotecas são a metáfora do fênix, que, segundo a tradição egípcia, era uma ave fabulosa que durava muitos séculos e, quando queimada, renascia das próprias cinzas.



Momentos históricos
Toda a saga das bibliotecas antecede a própria história do livro e vai encontrar abrigo no momento em que a humanidade começa a dominar a escrita. As primeiras bibliotecas que se tem notícia são chamadas “minerais”, pois seus acervos eram constituídos de tabletes de argila: depois vieram as bibliotecas vegetais e animais, constituídas de rolos de papiros e pergaminhos. Essas são as bibliotecas dos babilônios, assirios, egípcios, persas e chineses. Mais tarde, com o advento do papel, fabricado pelos árabes, começam-se a formar as bibliotecas de papel e, mais tarde, as de livro propriamente dito.
Até o momento, os historiadores acreditam que a biblioteca mais antiga seja a do rei Assurbanipal (século VII a.C.), cujo acervo era formado de placas de argila escritas em caracteres cuneiformes. Mas nenhuma foi tão famosa como a
biblioteca de Alexandria, no Egito. Ela teria de 40 a 60 mil manuscritos em rolos de papiro, chegando a possuir 700 mil volumes. A sua fama é atribuída, além à grande quantidade de documentos, também aos três grandes incêndios de que foi vítima.
Mas outras bibliotecas também tiveram grande importância, como as bibliotecas judaicas, em Gaza; a de Nínive, da
Mesopotâmia; e a biblioteca de Pérgamo, que foi incorporada à de Alexandria, antes de sua destruição. Os gregos também possuíam bibliotecas, mas as mais importantes eram particulares de filósofos e teatrólogos. A partir do século XVI é que as bibliotecas realmente se transforma, tendo como característica a localização acessível, passa a ter caráter intectual e civil, a democratização da informação e especializada em diferentes área do conhecimento.
No
Brasil, a biblioteca oficial foi a atual Biblioteca Nacional e Pública, do Rio de Janeiro, que se tornou do Estado em 1825. Essa biblioteca era constituída dos livros do rei de Portugal Dom José I e foi trazida para o Brasil por Dom João VI, em 1807. Junto à Biblioteca Nacional, outra de grande importância no Brasil é a Biblioteca Municipal de São Paulo.



Tipos de biblioteca
As bibliotecas podem ser públicas ou particulares. Nas bibliotecas públicas o acesso aos livros costuma ser gratuito e muitas vezes é possível emprestar livros por um determinado tempo, a depender das políticas definidas, que variam de acordo com o tipo de obra. As bibliotecas públicas buscam ser locais que propiciem a comunidade acesso a informaçãoes que de alguma forma sejam úteis e ajudem a desenvolver a sociedade. No contexto atual, muitas bibliotecas buscam oferecer infraestrutura para inclusão digital.
As biliotecas particulares podem ser mantidas por instituições de
ensino privadas, fundações, instituições de pesquisa ou grandes colecionadores. Algumas delas permitem acesso a sua coleção, permitindo a pesquisadores, estudantes ou interessados o acesso as informações armazenadas em suas dependências.
As
bibliotecas especializadas oferecem coleções de informações sobre determinado tema, tais como medicina, matemática, cinema ou outros.
As
bibliotecas comunitárias geralmente situam-se em áreas residenciais e em bairros da periferia, recebendo pouco ou nenhum apoio governamental.
Normalmente, as coleções de livros nas bibliotecas são classificadas, de modo a facilitar a localização e consulta por parte dos
usuários. A classificação pode obedecer diversos critérios, sendo mais comum a classificação por assuntos, e dentro do mesmo assunto, por nome do autor (alfabeticamente).
Ao longo da História, é possível classificar a evolução das bibliotecas, do seguinte modo:

Bibliotecas da Antiguidade
Minerais que trabalham com o suporte de argila.
Vegetais são as que utilizam o papiro como suporte.
Animais são as que usam a pergaminho como suporte.
As características destas bibliotecas são as seguintes: não são acessíveis ao público, templos e
palácios. A religiosidade ficava a cargo de sacerdotes, o saber era sagrado e somente os sacerdotes sabiam ler. Havia ausência do leitor pois os livros eram colocados em local inacessível, ou seja, os usuários não tinham acesso. O tipo de material utilizado na época eram as tabletas de argila, rolos de papiro ou pergaminho, até o ano 300 aproximadamente.


Bibliotecas comunitárias
O número dessas bibliotecas tem aumentado nos últimos anos, no Brasil, inclusive com um sistema informal de empréstimo que dispensa até mesmo funcionários: nesse sistema, o próprio interessado escolhe seu livro, anota seu nome em um papel, e retira a obra, entregando-a quando puder. É uma maneira inclusive de exercitar a cidadania e o senso de responsabilidade de cada um. Um exemplo desse sistema ocorre em Campanha (sul de Minas). No município, a ONG Sebocultural organizou algumas bibliotecas em pontos-chave da cidade (rodoviária, delegacia...), locais de acesso ininterrupto aos interessados. Na rodoviária, por exemplo, a biblioteca fica em uma sala sem portas, facilitando assim o acesso irrestrito não da comunidade mas também de viajantes que usam o terminal.

Bibliotecas monacais ou monásticas
Existem três tipos de bibliotecas
monacais que são as bibliotecas dos mosteiros, das catedrais ou capitulares, como por exemplo a da Catedral de Chartres e bibliotecas dos Doutores da Igreja, como São Jerônimo, Santo Agostinho, São Bento e São Isidoro, bispo de Sevilha.
As mais célebres bibliotecas monásticas são a
Biblioteca do Monte Athos, na Grécia, a Biblioteca de Cassiodoro, escritor e estadista romano e a biblioteca de Monte Cassino.

Bibliotecas universitárias
O grande acontecimento medieval que , de uma certa forma, decide os destinos de toda a civilização, e, por consequência, os destinos do livro, é a fundação das universidades. Estão ao serviço dos estudantes e do pessoal docente das universidades e outros estabelecimentos de ensino. Correspondem à unidade de informação de uma
Universidade, pelo que as suas colecções devem reflectir as matérias leccionadas nos cursos e áreas de investigação da instituição. A documentação é sobretudo de carácter científico e técnico, que deve ser permanentemente actualizada, através da aquisição frequente de um grande número de publicações periódicas em suporte papel ou electrónico. A selecção da documentação é feita essencialmente pelos directores de cada departamento da Universidade e não tanto pelo bibliotecário. Estas Instituições têm como objectivos principais: apoiar o ensino e a investigação; dar um tratamento técnico aprofundado aos documentos, nomeadamente ao nível da indexação; e actualizar constantemente os fundos documentais


Bibliotecas particulares
As bibliotecas reais, dos grandes senhores, que mais tarde passaram a ser oficiais ou públicas. A mais importante biblioteca pública foi a Biblioteca de
Carlos Magno - Rei dos Francos (768-814). Escritores e intelectuais usualmente possuem grandes bibliotecas, geralmente incorporadas a universidades após a morte dos donos.


Bibliotecas infantis
Oferecem toda uma variedade de serviços e fundos bibliográficos vocacionados especialmente para as crianças. Têm como prioridade criar e fortalecer hábitos de leitura nas crianças desde tenra idade, familiarizar as crianças com os diversos materiais que poderão enriquecer as suas horas de lazer. Visam despertar as crianças para os
livros e a leitura, desenvolvendo a sua capacidade de expressão, criatividade e imaginação.


Bibliotecas hospitalares
São bibliotecas normalmente criadas a partir da cooperação com o
Ministério da Saúde, que visam a humanização da assistência aos doentes. O seu objectivo é fazer com que o período de hospitalização não seja um factor de exclusão para os doentes, pois, vêm-se afastados da família, amigos e de sua casa. Também tornar a sua “estadia” mais lúdica, alegre, o menos traumatizante possível, atenuar situações de angústia e sofrimento, melhorar as relações com a equipe hospitalar e contribuir para o bem-estar físico e psíquico dos doentes. Os seus utilizadores são todos quantos vão ao hospital, crianças e pais, jovens, adultos e idosos, portanto, todos aqueles que se encontrem imobilizados no leito, em períodos de espera, em momentos transitórios ou livres de internamento, consulta ou atendimento ambulatório. Os profissionais de saúde, médicos, enfermeiros e voluntários, exercem de mediadores entre os livros, a leitura e os doentes, pois, vão espalhando a leitura pelos vários ambientes dos hospitais públicos do País.


Bibliotecas do século XXI
É uma biblioteca híbrida, isto é, com espaços, serviços e colecções simultaneamente físicos e virtuais, em que as novas
tecnologias de informação e comunicação passam a ser a base do serviço e da interrelação com o utilizador; passando a oferecer ao cidadão um conjunto de informações que as novas tecnologias tornam disponível, mas já de forma tratada e seleccionada, possibilitando uma maior rapidez de acesso à informação.


Teoria sobre o futuro das bibliotecas
Nos dias atuais, as bibliotecas vêm se adaptando ao processo de inovações tecnológicas ocorridas com a evolução da humanidade, sendo que uma das principais características da biblioteca do futuro, e que a mesma apresentara não será mais o volume do seu acervo, e sim a disponibilidade de poder disseminar informações com outras instituições através das novas tecnologias informacionais. Apesar de ainda mostrar muito fôlego, os livros, que compõem a maior parte dos acervos das bibliotecas, provavelmente em um futuro bem próximo, serão armazenados em CD-Rom, multimídia, Internet e outros mecanismos de armazenamento de dados eletro-eletrônicos.
(Fonte Wikipedia)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Paulo Plínio Becker de Abreu



Paulo Plínio Beker de Abreu,

nascido em Belém a 19 de junho de 1921 e morto devido a uma nefrite crônica aos 38 anos de idade em 5 de setembro de 1959, tem apenas um livro, Poesia (1978) [2] , publicado postumamente sob os cuidados do professor Francisco de Paulo Mendes através da Universidade Federal do Pará. Esta obra precisa de uma segunda edição, revisada e ampliada, uma vez que são percebidas algumas gralhas, ou seja, problemas de edição. De qualquer maneira, é muito forte a impressão dessa única obra de Paulo Plínio Abreu nos seus poucos leitores. Com este artigo pretendemos divulgar a obra de mais um poeta paraense para a literatura brasileira, principalmente para aqueles que acessam o sítio de publicação dos alunos da pós-graduação do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp. Não iremos analisar com mais profundidade aspectos da sua poesia, antes iremos apenas considerar Paulo Plínio Abreu como um poeta de qualidades merecedoras de mais atenção, e, portanto, um lugar na poesia brasileira do século XX.


CRONOLOGIA:

- 1921 - Nasce em Belém, a 19 de junho, Paulo Plínio Beker de Abreu, filho de Dilermando Cals de Abreu e Lídia Beker de Abreu.
- 1925 - Inicia seus estudos primários, em casa.
- 1930 – Obteve o certificado de Curso Primário no Grupo Escolar Floriano Peixoto, onde hoje funciona a Casa da Linguagem.
- 1933 – Estudos secundários no Colégio Paes de Carvalho.
- 1938 – Termina o curso de inglês no English College, tendo sido o orador da turma.
- 1939 – Conhece o prof. Francisco Paulo Mendes, no colégio Paes de Carvalho.
- 1940 – Matricula-se na Faculdade de Direito do Estado do Pará. Publica, na revista Novidade, seus primeiros poemas “Suicídio” e “A estranha Mensagem”. Na revista Terra Imatura aparece o poema “A Aventura”.
- 1941 – Admitido pelo Instituto Agronômico do Norte, onde exerceu funções como a de Bilbiotecário-Chefe, tradutor e Secretário de Diretoria.
- 1944 – Colou grau de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Pará.
- 1948 – Casou-se com Edith Correa de Paiva.
- 1949 – Nasce sua primeira filha, Ana Lúcia.
- 1950 – O suplemento “Arte-Literatura”, do jornal Folha do Norte, sob a direção de Haroldo Maranhão, publica um número especial, em 24 de dezembro, sobre poetas paraenses contemporâneos, onde se encontra uma nota sobre Paulo Plínio Abreu e alguns de seus poemas.
- 1952 – Aceito no Instituto de Antropologia e Etnologia do Pará. Viagem ao Rio de Janeiro a fim de tratar da distribuição das publicações deste Instituto.
- 1954 – Nomeado para reger a disciplina Literatura Brasileira na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Belém.
- 1956 – Profere a aula inaugural do ano letivo na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Belém.
- 1958 – Nasce Cristina, sua segunda filha. Designado para chefiar o Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, da Universidade Federal do Pará, para o biênio 1958/1959.
- 1959 – Morre em 05 de setembro, em Belém, aos 38 anos, devido a uma nefrite crônica.

FONTE: Abreu, Paulo Plínio. Poesia. Apresentação:Prof. Francisco Paulo Mendes. Belém: UFPA, 1978.

Maria Lúcia Medeiros


Maria Lúcia Fernandes Medeiros ou mais popularmente chamada de Lucinha Medeiros

(Bragança, Pará, 15 de fevereiro de 1942Belém do Pará, 8 de setembro de 2005) foi uma escritora, poeta e professora paraense.
Morou em Bragança até os doze anos, quando mudou-se para
Belém do Pará. Licenciada em Letras pela Universidade Federal do Pará, onde foi professora e pesquisadora.
Um de seus contos, "Chuvas e Trovoadas", foi transportado para a tela do cinema em um
curta da paraense Flávia Alfinito. Neste conto de Maria Lúcia Medeiros, quatro meninas têm aulas de costura nas tardes entediantes que se arrastam nos trópicos da belle époque na Amazônia.
Acometida de uma enfermidade que lhe reduziu os movimentos e lhe tirou a fala ─ mas não a lucidez e o domínio da palavra ─ continuou produzindo e mantendo intenso diálogo com seus pares e seus contemporâneos.



Obras:

ABRAMOVICH, F. Ritos de passagem de nossa infância e adolescência:.antologia. São Paulo: Summus, 1984.
MEDEIROS, Maria Lúcia Fernandes de. Zeus ou a menina e os óculos (contos). São Paulo: R. Kempf, 1988.
MEDEIROS, Maria Lúcia Fernandes de. Velas, por quem? Belém: CEJUP, 1991.
MEDEIROS, Maria Lúcia Fernandes de. O Lugar da errância. In: D’INCAO, Maria Angela, SILVEIRA, Isolda Maciel da (Org.). A Amazônia e a crise da modernização. Belém: MPEG, 1994. p. 195-198. (Coleção Eduardo Galvão).
MEDEIROS, Maria Lúcia Fernandes de. O nativo de câncer: travessias de uma poética amazônica. Asas da Palavra: Revista do Curso de Letras da UNAMA, Belém, v.2, n.2, p. 63-66, 1994.
MEDEIROS, Maria Lúcia. A escritura veloz. 1994.
MEDEIROS, Maria Lúcia. Quarto de hora. Belém: Cejup, 1994.
MEDEIROS, Maria Lúcia. Horizonte silencioso. Boi Tempo, 2000.
MEDEIROS, Maria Lúcia. Céu Caótico. Belém: SECULT, 2005.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Marcha Estadual em Defesa da Educação em Belém

No dia 15 de outubro, dia do professor, a categoria vai tomar conta das ruas de Belém, na Marcha Estadual em Defesa da Educação.

Alguns objetivos:
Denunciar as péssimas condições que se encontram as escolas e defender uma educação de qualidade social;

Garantir a regulamentação do Piso Salarial Nacional, com garantia de um terço da carga horária do professor seja para hora atividade;

Reforçar a luta pela conquista dos nossos planos de carreira;

Denunciar o corte de R$9 bilhões do Fundeb feito pelo Governo Federal.


Concentração das delegações irá acontecer na pça do Operário em Bráo Braz às 09 horas da manhã com destino ao Ginásio da UEPA.

Às 10 horas haverá uma audiência pública convocada pela Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo Deputado Estadual Arnaldo Jordy, solicitada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará - SINTEPP

www.sintepp.org.br

Venha participar!

51° Edição do Prêmio Jabuti






"Moacir Scliar" ganha "Jabuti" com o romance "Manual da paixão solitária", ficou em primeiro lugar. Ele criou o romance a partir de um episódio bíblico em que o patriarca Judá tenta dar continuidade à sua família.



Moacyr Scliar


Moacyr Jaime Scliar nasceu em Porto Alegre (RS), no Bom Fim, bairro que até hoje reúne a comunidade judaica, a 23 de março de 1937, filho de José e Sara Scliar. Sua mãe, professora primária, foi quem o alfabetizou. Cursou, a partir de 1943, a Escola de Educação e Cultura, daquela cidade, conhecida como Colégio Iídiche. Transferiu-se, em 1948, para o Colégio Rosário, uma escola católica.Em 1955, passou a cursar a faculdade de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre (RS), onde se formou em 1962. Em 1963, inicia sua vida como médico, fazendo residência em clínica médica. Trabalhou junto ao Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência (SAMDU), daquela capital. Publica seu primeiro livro, “Histórias de um Médico em Formação”, em 1962. A partir daí, não parou mais. São mais de 67 livros abrangendo o romance, a crônica, o conto, a literatura infantil, o ensaio, pelos quais recebeu inúmeros prêmios literários. Sua obra é marcada pelo flerte com o imaginário fantástico e pela investigação da tradição judaico-cristã. Algumas delas foram publicadas na Inglaterra, Rússia, República Tcheca, Eslováquia, Suécia, Noruega, França, Alemanha, Israel, Estados Unidos, Holanda e Espanha e em Portugal, entre outros países.Em 1965, casa-se com Judith Vivien Oliven.Em 1968, publica o livro de contos "O Carnaval dos Animais", que o autor considera de fato sua primeira obra.Especializa-se no campo da saúde pública como médico sanitarista. Inicia os trabalhos nessa área em 1969.Em 1970, freqüenta curso de pós-graduação em medicina em Israel, sendo aprovado. Posteriormente, torna-se doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública.Seu filho, Roberto, nasce em 1979.A convite, torna-se professor visitante na Brown University (Departament of Portuguese and Brazilian Studies), em 1993, e na Universidade do Texas, em Austin.Colabora com diversos dos principais meios de comunicação da mídia impressa (Folha de São Paulo e Zero Hora). Alguns de seus textos foram adaptados para o cinema, teatro e tevê.Nos anos de 1993 e 1997, vai aos EUA como professor visitante no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros da Brown University.Em 31 de julho de 2003 foi eleito, por 35 dos 36 acadêmicos com direito a voto, para a Academia Brasileira de Letras, na cadeira nº 31, ocupada até março de 2003 por Geraldo França de Lima. Tomou posse em 22 de outubro daquele ano, sendo recebido pelo poeta gaúcho Carlos Nejar.
Conto:
O carnaval dos animais. Porto Alegre, Movimento, 1968.A balada do falso Messias. São Paulo, Ática, 1976.Histórias da terra trêmula. São Paulo, Escrita, 1976.O anão no televisor. Porto Alegre, Globo, 1979.Os melhores contos de Moacyr Scliar. São Paulo, Global, 1984.Dez contos escolhidos. Brasília, Horizonte, 1984.O olho enigmático. Rio, Guanabara, 1986.Contos reunidos. São Paulo, Companhia das Letras, 1995.O amante da Madonna. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1997.Os contistas. Rio, Ediouro, 1997.Histórias para (quase) todos os gostos. Porto Alegre, L&PM, 1998.Pai e filho, filho e pai. Porto Alegre, L&PM, 2002.
Romance:
A guerra no Bom Fim. Rio, Expressão e Cultura, 1972. Porto Alegre, L&PM.O exército de um homem só. Rio, Expressão e Cultura, 1973. Porto Alegre, L&PM.Os deuses de Raquel. Rio, Expressão e Cultura, 1975. Porto Alegre, L&PM.O ciclo das águas. Porto Alegre, Globo, 1975; Porto Alegre, L&PM, 1996.Mês de cães danados. Porto Alegre, L&PM, 1977.Doutor Miragem. Porto Alegre, L&PM, 1979.Os voluntários. Porto Alegre, L&PM, 1979.O centauro no jardim. Rio, Nova Fronteira, 1980. Porto Alegre, L&PM.Max e os felinos. Porto Alegre, L&PM, 1981.A estranha nação de Rafael Mendes. Porto Alegre, L&PM, 1983.Cenas da vida minúscula. Porto Alegre, L&PM, 1991.Sonhos tropicais. São Paulo, Companhia das Letras, 1992.A majestade do Xingu. São Paulo, Companhia das Letras, 1997.A mulher que escreveu a Bíblia. São Paulo, Companhia das Letras, 1999.Os leopardos de Kafka. São Paulo, Companhia das Letras, 2000.Na Noite do Ventre, o Diamante. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2005.
Ficção infanto-juvenil:
Cavalos e obeliscos. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1981; São Paulo, Ática, 2001.A festa no castelo. Porto Alegre, L&PM, 1982.Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1984.*No caminho dos sonhos. São Paulo, FTD, 1988.O tio que flutuava. São Paulo, Ática, 1988.Os cavalos da República. São Paulo, FTD, 1989.Pra você eu conto. São Paulo, Atual, 1991.Uma história só pra mim. São Paulo, Atual, 1994.Um sonho no caroço do abacate. São Paulo, Global, 1995.O Rio Grande farroupilha. São Paulo, Ática, 1995.Câmera na mão, o Guarani no coração. São Paulo, Ática, 1998.A colina dos suspiros. São Paulo, Moderna, 1999.Livro da medicina. São Paulo, Companhia das Letrinhas, 2000.O mistério da Casa Verde. São Paulo, Ática, 2000.O ataque do comando P.Q. São Paulo, Ática, 2001.O sertão vai virar mar, São Paulo, Ática, 2002.Aquele estranho colega, o meu pai. São Paulo, Atual, 2002.Éden-Brasil. São Paulo, Companhia das Letras, 2002.O irmão que veio de longe. Idem, idem.Nem uma coisa, nem outra. Rio, Rocco, 2003.Navio das cores. São Paulo, Berlendis & Vertecchia, 2003.
Crônica:
A massagista japonesa. Porto Alegre, L&PM, 1984. Um país chamado infância. Porto Alegre, Sulina, 1989. Dicionário do viajante insólito. Porto Alegre, L&PM, 1995. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar. Porto Alegre, L&PM, 1996. Artes e Ofícios, 2001.O imaginário cotidiano. São Paulo, Global, 2001.A língua de três pontas: crônicas e citações sobre a arte de falar mal. Porto Alegre.
Ensaio:
A condição judaica. Porto Alegre, L&PM, 1987.Do mágico ao social: a trajetória da saúde pública. Porto Alegre, L&PM, 1987; SP, Senac, 2002.Cenas médicas. Porto Alegre, Editora da Ufrgs, 1988. Artes&Ofícios, 2002.Se eu fosse Rotschild. Porto Alegre, L&PM, 1993.Judaísmo: dispersão e unidade. São Paulo, Ática, 1994.Oswaldo Cruz. Rio, Relume-Dumará, 1996.A paixão transformada: história da medicina na literatura. São Paulo, Companhia das Letras, 1996.Meu filho, o doutor: medicina e judaísmo na história, na literatura e no humor. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.Porto de histórias: mistérios e crepúsculos de Porto Alegre. Rio de Janeiro, Record, 2000.A face oculta: inusitadas e reveladoras histórias da medicina. Porto Alegre, Artes e Ofícios, 2000.A linguagem médica. São Paulo, Publifolha, 2002.Oswaldo Cruz & Carlos Chagas: o nascimento da ciência no Brasil. São Paulo, Odysseus, 2002.Saturno nos trópicos: a melancolia européia chega ao Brasil. São Paulo, Companhia das Letras, 2003.Judaísmo. São Paulo, Abril, 2003.Um olhar sobre a saúde pública. São Paulo, Scipione, 2003.