terça-feira, 30 de junho de 2009

Mistura salutar

DJ das palavras
Paulo Scott, ex-professor de direito econômico e tributário, surfista, skatista e velejador se tornou um dos principais agitadores culturais da atualidade
Inquietação talvez seja a palavra que melhor define o escritor Paulo Scott. Inquietação, que rima com realização. Seus projetos misturam literatura com as artes, como imagens, desenhos e muita, mas muita música. Autor de cinco livros publicados, seu caminho começou a mudar em 2002, quando criou o Póquet, em Porto Alegre, um evento em que promovia novos escritores que tocavam e músicos que escreviam. Esses saraus modernos viraram anos depois o Primeiro Popular de Ruído e Literatura, um encontro que aconteceu em São Paulo com um formato de jam session em que dois escritores sobem ao palco para fazer leituras de seus textos regadas a muito som. “É uma espécie de exorcismo do próprio texto para mostrar ao público que a literatura não é inatingível”, diz ele, que agora investe esforços no espetáculo Orquestra Literária em Concerto Literário para Voz e Base Eletrônica – isso, claro, sem contar com seus livros, peças e roteiros em andamento. A Orquestra mostra a colagem de poemas de diversos autores, inclusive dele próprio, que são mixados com samplers. “Faço com os textos aquilo que o DJ faz com o som”, afirma. Uma nova maneira de enxergar – e de sentir – a literatura.
Leandro Sarmatz, Mariana Sgarioni, Rafael Tonnon, Heitor e Silvia RealiVida Simples - 01/06/2009

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